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ONU retoma sanções econômicas contra o Irã por programa nuclear; veja quais
Publicado 28/09/2025 • 07:54 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 28/09/2025 • 07:54 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
Ataque em Kiev e ameaças de sanções contra o Irã impulsionam alta dos preços do petróleo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) volta a impor sanções ao Irã a partir deste domingo, 28, após o fracasso das negociações de última hora em Nova York. As medidas entram em vigor à meia-noite, no horário local.
As sanções congelam novamente ativos iranianos no exterior, interrompem acordos de armas com Teerã e atingem o desenvolvimento de mísseis balísticos. O retorno das punições ocorre pelo mecanismo de snapback, previsto no acordo nuclear de 2015 entre o Irã e potências globais.
A decisão coincide com um período de fragilidade econômica. A moeda iraniana está em mínima histórica, encarecendo itens básicos como carne, arroz e outros alimentos. O impacto é sentido diretamente pela população, que enfrenta alta nos preços e queda no poder de compra.
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Além da crise econômica, cresce o temor de uma escalada militar. Locais de mísseis atingidos na guerra de doze dias em junho estão sendo reconstruídos, alimentando receios de novos confrontos com Israel e possivelmente com os Estados Unidos.
Todas as resoluções da ONU relativas a sanções contra Teerã para impedir a proliferação nuclear no Irã, levantadas em virtude do acordo de 2015, foram reimpostas na noite deste sábado (27).
O Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), assinado em 2015 pelo Irã e pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas — China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia —, além da Alemanha e da União Europeia, permitiu à ONU suspender as sanções internacionais contra Teerã em troca de restrições ao seu programa nuclear.
Mas as sanções voltaram a entrar em vigor no sábado com a ativação de um mecanismo de reimposição (“snapback”) solicitado em 28 de agosto pelo grupo E3 (Alemanha, França, Reino Unido), que considerou que o Irã não cumpriu suas obrigações.
As sanções são dirigidas a empresas, entidades e indivíduos que contribuam direta ou indiretamente para o programa nuclear iraniano ou para o desenvolvimento de mísseis balísticos, seja fornecendo os equipamentos necessários, o conhecimento técnico ou o financiamento.
As sanções reimpostas incluem, em particular, um embargo de armas convencionais, que proíbe qualquer venda ou transferência de armas ao Irã.
Portanto, serão proibidas as importações, exportações ou transferências de peças, bens e tecnologias relacionadas aos programas nucleares e de mísseis balísticos do Irã.
Também serão congelados os ativos de entidades e indivíduos no exterior pertencentes a pessoas ou entidades iranianas vinculadas aos programas nucleares.
Além disso, será possível proibir a entrada e o trânsito internacional nos Estados-membros da ONU para pessoas designadas por participarem em atividades proibidas.
Os Estados-membros da ONU também deverão restringir as atividades bancárias e financeiras que possam ajudar o Irã em seus programas nucleares ou de mísseis balísticos.
Da mesma forma, as pessoas ou entidades que violarem as disposições poderão ter seus bens ou ativos congelados em nível internacional.
Sim, a União Europeia adotou medidas próprias que aplicam e ampliam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O objetivo dessas medidas é ter um impacto direto na economia iraniana, não apenas para dificultar a atividade nuclear, mas também para impor um custo econômico ao poder iraniano e forçá-lo a modificar seu comportamento em relação à proliferação nuclear.
As potências ocidentais temem que o Irã adquira armas nucleares, algo que Teerã nega categoricamente, ao mesmo tempo que defende seu direito de desenvolver um programa nuclear para fins civis.
Por outro lado, os Estados Unidos já impõem suas próprias sanções, incluindo algumas que proíbem outros países de comprar petróleo iraniano, depois que o presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de 2015 durante seu primeiro mandato (2017-2021).
O processo de “snapback” reativa as resoluções da ONU, mas sua implementação prática exige que os Estados-membros da ONU atualizem suas leis para cumpri-las.
A UE e o Reino Unido precisarão aprovar a legislação necessária para que as sanções sejam aplicadas, mas ainda não forneceram detalhes sobre esse processo.
As resoluções e sanções do Conselho de Segurança da ONU são vinculativas, mas regularmente violadas.
A grande questão é se países como China e Rússia, que consideram ilegal a ativação do “snapback”, respeitarão as medidas contra o Irã.
Alguns países, incluindo a China, continuaram a negociar com o Irã apesar das sanções dos EUA, que foram restabelecidas quando os EUA se retiraram do JCPOA em 2018.
As potências europeias antecipam que a Rússia não cumprirá as sanções, mas não têm clareza sobre como a China reagirá, considerando que ela importa grandes quantidades de petróleo do Irã.
“Evadir as sanções tem um custo político, mas também econômico, porque as transações financeiras tornam-se mais caras”, observou Clément Therme, pesquisador associado do Instituto Internacional de Estudos Iranianos da Universidade Sorbonne.
Haverá maior pressão, por exemplo, sobre empresas de transporte marítimo.
“No caso das sanções da ONU, provavelmente não haverá um bloqueio total, mas os custos aumentarão”, resumiu Therme.
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