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Luxo

LVMH reage e tem leve alta nas vendas, indicando possível virada no setor de luxo

Publicado 19/10/2025 • 07:00 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Receita do 3º trimestre sobe 1% organicamente, para US$ 21,1 bilhões, acima das expectativas do mercado.
  • Varejo seletivo (Sephora e DFS) e joias e relógios (Tiffany, Bvlgari, TAG Heuer) puxam o resultado com altas de 7% e 2%, respectivamente.
  • Moda e couro (Louis Vuitton, Dior, Fendi) ainda recuam 2%, mas mostram desaceleração na queda e sinais de estabilização.

A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, maior conglomerado de luxo do mundo, apresentou uma leve melhora no desempenho do terceiro trimestre de 2025, um sinal de que o setor pode estar saindo da fase mais aguda de desaceleração global. A empresa registrou receita de €18,28 bilhões (US$ 21,1 bilhões), alta orgânica de 1% sobre o mesmo período de 2024 — superando as projeções de analistas que previam leve queda de 0,6%.

Nos nove primeiros meses do ano, o grupo somou €58,1 bilhões em receita, com recuo de 2% em base orgânica. A América do Norte e a Europa permaneceram estáveis, enquanto a Ásia voltou a crescer, especialmente em Hong Kong e Macau. O desempenho europeu foi o único negativo, impactado pela queda nos gastos de turistas e pela desvalorização do euro frente ao dólar.

“O terceiro trimestre registrou uma melhora em todos os segmentos e regiões, com exceção da Europa, onde as flutuações cambiais afetaram mais do que no início do ano”, informou a companhia em nota oficial.

Moda e couro ainda em ajuste, mas em ritmo mais brando

O principal negócio do grupo — moda e artigos de couro — faturou €8,5 bilhões, queda de 2%, mas com clara desaceleração frente ao recuo de 9% no segundo trimestre. Marcas icônicas como Louis Vuitton, Dior, Celine, Fendi e Givenchy mostraram “resiliência” nas vendas a consumidores locais, compensando parcialmente a perda do turismo de luxo na Europa e no Japão.

A Louis Vuitton seguiu sendo o motor criativo e comercial do grupo, com forte engajamento nas lojas e lançamentos de impacto global. O destaque foi a inauguração de “The Louis”, novo espaço arquitetônico em formato de navio no porto de Xangai, projetado como um museu de experiências. A grife também lançou a linha de maquiagem La Beauté Louis Vuitton, liderada por Pat McGrath, sucesso imediato de vendas.

Na Christian Dior, a estreia de Jonathan Anderson como diretor criativo trouxe o chamado “novo look contemporâneo”, com coleções masculina e feminina elogiadas pela crítica. As inaugurações das Casas Dior em Nova York e Beverly Hills consolidaram a presença da marca no mercado norte-americano.

Cosméticos e perfumes retomam crescimento

O segmento de perfumes e cosméticos cresceu 2%, para €1,96 bilhão, com destaque para Parfums Christian Dior, que manteve o Sauvage como fragrância mais vendida do mundo e teve sucesso com Miss Dior Essence e Dior Homme Parfum. Guerlain e Givenchy também contribuíram com novos lançamentos.

Joias e relógios mantêm ritmo positivo

A divisão de relógios e joias teve alta de 2%, impulsionada pela Tiffany & Co., que expandiu seu conceito de loja inspirado na The Landmark (Nova York) para Milão e Tóquio, e pela Bvlgari, com crescimento das coleções Serpenti e Polychroma High Jewelry. A TAG Heuer reforçou presença global com sua parceria na Fórmula 1 e apresentou novas tecnologias no Geneva Watch Days.

Varejo seletivo é o grande destaque

A unidade de varejo seletivo, que engloba Sephora, DFS e Le Bon Marché, foi o principal motor do trimestre, com alta orgânica de 7%. A Sephora manteve forte expansão global, conquistando participação de mercado e registrando o melhor trimestre da sua história, com destaque para o lançamento recorde da marca Rhode, da empresária Hailey Bieber.

A DFS, operadora de duty free, mostrou recuperação consistente em Macau e Hong Kong após reabertura total do turismo asiático, enquanto o Le Bon Marché manteve crescimento apoiado em sua estratégia de curadoria exclusiva e eventos culturais.

Vinhos e destilados ainda sentem impacto da China e dos EUA

O segmento de vinhos e destilados teve leve alta de 1% no trimestre, mas ainda acumula queda de 4% no ano, refletindo a menor demanda por conhaque nos Estados Unidos e na China devido a tensões comerciais. A recuperação veio principalmente de champagnes e vinhos rosés da Provence, que tiveram desempenho superior ao de 2024.

Perspectivas

Mesmo com o ambiente global incerto e uma economia chinesa em desaceleração, a LVMH mantém confiança na força de suas marcas e na capacidade de inovação. A empresa seguirá focada em “elevar a desejabilidade de seus produtos” e aprimorar a experiência de compra física e digital.

“A LVMH se apoia em marcas poderosas e no talento de suas equipes para reforçar sua liderança mundial no setor de luxo”, afirmou o grupo em comunicado.

O resultado da LVMH é visto por analistas como um possível ponto de inflexão para todo o setor de luxo, que vem enfrentando queda na demanda desde 2023. A leve alta nas vendas e o desempenho equilibrado entre divisões indicam um início de estabilização no consumo global de produtos premium.

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