O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (14) que avalia romper parte das relações comerciais com a China, incluindo a importação de óleo de cozinha. Segundo o republicano, a decisão seria uma resposta à conduta chinesa em relação ao agronegócio dos Estados Unidos. “O fato de a China, de forma deliberada, deixar de comprar nossa soja e prejudicar nossos produtores é um ato de hostilidade econômica”, afirmou Trump.
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Em publicação nas redes sociais, Trump reforçou que pode encerrar negócios com a China envolvendo o comércio de óleo de cozinha e outros produtos, como forma de retaliação. “Podemos facilmente produzir nosso próprio óleo de cozinha. Não precisamos comprá-lo da China”, escreveu.
As declarações intensificam a escalada de tensão entre Washington e Pequim, que se acentuou nos últimos dias. No domingo (12), o governo chinês acusou os Estados Unidos de adotar “dois pesos e duas medidas” ao aplicar novas tarifas sobre produtos importados do país asiático.
Dias antes, na sexta-feira (10), Trump havia criticado a decisão da China de restringir a exportação de elementos de terras raras, insumos essenciais para a indústria tecnológica e militar. Em resposta, anunciou tarifa de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.
Em reação, o Ministério do Comércio da China defendeu as restrições, afirmando que se tratam de “ação legítima” para ajustar o sistema de controle de exportações, em conformidade com as leis locais. O órgão também garantiu que o impacto nas cadeias globais de suprimento será “muito limitado”.
Pequim sustentou ainda que o objetivo das medidas é impedir o uso das terras raras e de seus derivados na produção de equipamentos militares, reforçando o compromisso do país com a manutenção da paz mundial, a estabilidade regional e a não proliferação de armas.
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