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Trump e Xi Jinping têm encontro decisivo na Coreia do Sul com foco em tarifas, fentanil e soja
Publicado 29/10/2025 • 22:24 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 29/10/2025 • 22:24 | Atualizado há 11 horas
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Reuters
Trump e Xi se reúnem na Coreia do Sul, em encontro que pode redefinir as relações comerciais entre EUA e China.
Com grandes expectativas, o encontro entre Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, presidente da China, promete influenciar os rumos do comércio internacional, ainda que detalhes sobre as negociações continuem pouco claros.
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Autoridades de Washington e Pequim demonstraram otimismo antes da reunião, prevista para ocorrer na quinta-feira (30), em Busan, Coreia do Sul, mas especialistas como Phil Luck, diretor do programa de economia do Center for Strategic and International Studies, avaliam que o resultado pode ser modesto e pouco concreto. “Acho que, de modo geral, tanto nós quanto os chineses provocamos vários pequenos conflitos nos últimos meses e vamos resolver alguns deles, basicamente”, afirmou Luck à CNBC.
Durante sua viagem à Ásia, Trump declarou que pretende reduzir certas tarifas sobre produtos chineses, relacionadas ao suposto tráfico de fentanil para os EUA. “Espero reduzir isso porque acredito que eles vão nos ajudar com a questão do fentanil”, disse Trump a jornalistas no Air Force One.
Porém, não detalhou quais medidas a China adotaria, limitando-se a afirmar: “Bem, acho que eles vão fazer coisas que, você sabe, têm uma indústria relacionada a drogas. O fentanil tem outros motivos para existir, e precisamos eliminá-lo. Precisamos acabar com isso”, explicou Trump. Pressionado sobre o apoio chinês à repressão ao tráfico, Trump respondeu: “A China vai trabalhar comigo. E vamos fazer algo, acredito. Veja, precisamos ter a reunião, nosso encontro amanhã. Essa é uma grande reunião, e o fentanil será um dos assuntos discutidos.”
Trump acrescentou que também pretende tratar de temas ligados ao setor agrícola: “Importante, vamos discutir os agricultores, vamos discutir muitas coisas.” Contudo, não especificou de que forma os produtores rurais entrariam na pauta. O comércio de soja é um dos pontos sensíveis. Por meses, a China, maior compradora do grão dos EUA, suspendeu as aquisições devido à guerra tarifária, o que gerou bilhões de dólares em prejuízo para os estadunidenses.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizou no domingo (26), que o bloqueio à soja pode estar chegando ao fim. “Acredito que, quando o anúncio do acordo com a China for divulgado, nossos produtores de soja vão se sentir muito satisfeitos com o que está acontecendo nesta e nas próximas safras por vários anos”, declarou Bessent. Recentemente, a estatal chinesa COFCO adquiriu três carregamentos de soja estadunidense para entrega em dezembro e janeiro, totalizando cerca de 180 mil toneladas.
A secretária de Agricultura, Brooke Rollins, classificou a operação como avanço relevante e resultado da “forte capacidade de negociação” de Trump. No entanto, Phil Luck ressalta que esse volume representa uma fração do que a China costuma importar em apenas uma semana durante a colheita de outono.
Questionada sobre outros temas previstos para o encontro, a Casa Branca remeteu às declarações de Trump no avião presidencial. Ele ainda indicou que, provavelmente, não abordaria a questão de Taiwan com Xi. “Não sei se sequer vamos falar sobre isso. Talvez ele queira perguntar, mas não há muito o que perguntar”, disse Trump.
A reunião ocorre em um momento de trégua após semanas de tensão comercial. Em meados de outubro, Trump ameaçou aumentar em 100% as tarifas sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, em resposta a novas restrições chinesas à exportação de minerais estratégicos.
Pouco depois, ameaçou proibir a importação de óleo de cozinha chinês devido ao congelamento das compras de soja pelos chineses. Após negociações entre os principais responsáveis pelo comércio dos dois países, Bessent anunciou no domingo (26), um “arcabouço” de acordo que impediria o aumento tarifário. “Também espero algum adiamento nas restrições chinesas à exportação de minerais”, afirmou Bessent.
Phil Luck considera que a redução de tarifas seria uma das medidas mais fáceis para Xi e Trump apresentarem após o encontro. “Nós ameaçamos essas tarifas altíssimas, mas ficou claro rapidamente que não queríamos aplicá-las”, disse Luck. Ele também espera que as conversas abordem a revisão de restrições à exportação impostas por ambos os lados.

A agenda de Trump na Ásia incluiu reuniões amistosas com líderes do Japão, Coreia do Sul e outros países. Em Kuala Lumpur, o presidente dos Estados Unidos assinou acordos comerciais recíprocos com a Malásia e anunciou tratativas com a Tailândia e o Vietnã.
No Japão, encontrou a primeira-ministra Sanae Takaichi e firmou acordos sobre minerais estratégicos e energia nuclear. Trump também afirmou que a Toyota investiria US$ 10 bilhões (R$ 53,4 bilhões) em fábricas nos EUA, mas executivos da montadora negaram a confirmação desse anúncio, segundo a imprensa japonesa.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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