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Portos do Açu e de Antuérpia-Bruges assinam acordo para criar corredor de e-combustíveis
Publicado 03/11/2025 • 17:50 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 03/11/2025 • 17:50 | Atualizado há 13 horas
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Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
O Porto do Açu e o Porto de Antuérpia-Bruges assinaram nesta segunda-feira (3) uma carta de intenções para a criação de um corredor marítimo verde entre Brasil e Europa, com potencial para se tornar a primeira grande rota de exportação de e-combustíveis do mundo, disseram as duas empresas em evento no Rio de Janeiro. O objetivo é que o corredor esteja em operação antes de 2030.
E-combustíveis (também chamados de combustíveis sintéticos, ou eletrocombustíveis) são um tipo de combustível que é produzido usando eletricidade como fonte de energia. A eletricidade é usada para alimentar um processo que converte dióxido de carbono e hidrogênio em combustíveis líquidos, como gasolina, diesel ou querosene.
Segundo o Porto do Açu, o acordo é resultado de um estudo de pré-viabilidade desenvolvido pelo Rocky Mountain Institute (RMI) e Global Maritime Forum (GMF), apresentado durante o Oceans of Opportunity Summit, no Rio de Janeiro.
O evento reuniu líderes do setor portuário, marítimo, energético financeiro e governamental para discutir a agenda de descarbonização marítima do Brasil.
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“Trabalhamos para que o Porto do Açu seja um hub global de exportação de combustíveis marítimos de emissão zero, estrategicamente posicionado para conectar a produção brasileira à crescente demanda europeia por soluções de baixo carbono. A criação do corredor reforça nossa estratégia de ser o porto da transição energética no Brasil”, afirmou o CEO da Prumo, Rogério Zampronha.
O Porto de Antuérpia-Bruges, um dos maiores hubs industriais da Europa, projeta a importação de 6 a 10 milhões de toneladas de amônia verde por ano até 2030, equivalente a 1,2 a 1,5 milhão de toneladas de hidrogênio verde. Essa demanda de mercado pode ser atendida pela produção brasileira, incluindo a prevista para o hub de hidrogênio e derivados do Porto do Açu.
“A parceria com o Porto de Antuérpia-Bruges mostra o poder da cooperação internacional e como podemos contribuir para uma economia marítima sustentável e circular. O Açu é um ecossistema que entrega resultados reais, com disponibilidade de energia e um modelo de porto privado que garante agilidade, eficiência e os mais altos padrões ESG”, explicou o CEO do Porto do Açu, Eugenio Figueiredo.
De acordo com o estudo de pré-viabilidade, o corredor Açu-Antuérpia oferece vantagens comerciais: a operação dos navios pode se aproximar da paridade de custos com combustíveis convencionais com os novos incentivos da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês); a infraestrutura necessária já foi mapeada, incluindo terminais, protocolos de segurança e requisitos regulatórios; e há viabilidade comercial para atender à demanda europeia com baixo risco de compliance.
“A parceria com o Porto do Açu é um marco na construção de um corredor transatlântico de energia verde. Juntos, estamos preparando os primeiros fluxos de importação de amônia verde do Açu para Antuérpia-Bruges, impulsionando uma economia marítima verdadeiramente sustentável e circular”, afirmou o CEO do Porto de Antuérpia-Bruges Internacional, Kristof Waterschoot.
O mapeamento também destaca que o Brasil possui condições competitivas para se tornar um dos maiores produtores globais de e-combustíveis, impulsionado por sua matriz elétrica predominantemente renovável, políticas públicas para o setor e baixo custo de capital. Além disso, a implementação do IMO Net Zero Framework, prevista para o próximo ano, e políticas europeias como FuelEU Maritime e Emissions Trading System (ETS) devem criar incentivos adicionais para combustíveis de emissão zero ou quase zero. O setor marítimo é responsável hoje por cerca de 80% do comércio mundial em volume e por aproximadamente 3% das emissões globais. “O Brasil tem os recursos para liderar o mundo em combustíveis marítimos sustentáveis e competitivos. Possui ótimas energias renováveis, carbono natural, uma indústria de recursos naturais próspera e conectividade que o tornarão uma potência global na próxima economia de energia e o posiciona como líder para nos levar até lá”, destacou
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