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Caminhão sequestrado em SP expõe fragilidade nos roubos de carga; veja medidas preventivas
Publicado 14/11/2025 • 13:32 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 14/11/2025 • 13:32 | Atualizado há 11 horas
KEY POINTS
roubos de carga
insegurança nas estradas aumenta os roubos de carga
O sequestro de um caminhão transmitido ao vivo pela TV no último dia 12, no Rodoanel de São Paulo, expôs a deterioração da segurança nas estradas brasileiras e a escalada dos roubos de carga em rotas estratégicas.
O bloqueio total da via, a suspeita de bomba e a mobilização do Gate transformaram um crime rotineiro — o roubo de mercadorias — em um episódio de repercussão nacional, capaz de paralisar um dos principais corredores logísticos do país.
O caso ao menos jogou luz a um drama que o setor de transporte conhece bem: os motoristas estão cada vez mais vulneráveis, a cadeia logística opera sob risco maior diante da atuação de quadrilhas especializadas, e quem paga por isso é o consumidor, com os aumentos de custos do frete para absorver seguros e escolta.
Para especialistas, como o gerente corporativo da empresa de segurança Corpvs, Paulo Buriti, incidentes desse tipo mostram como a falta de tecnologia embarcada, telemetria e integração com autoridades ainda compromete a capacidade de reação em situações críticas.
Segundo o gerente corporativo da Corpvs, a dependência quase total do país pelo modal rodoviário — responsável por cerca de 90% do transporte de mercadorias — torna o sistema especialmente exposto aos roubos de carga.
Fatores como falta de iluminação, vias degradadas, longos trechos sem sinal e áreas rurais de difícil fiscalização criam oportunidades para quadrilhas especializadas atuarem com precisão.
A rápida revenda de mercadorias roubadas, inclusive para países vizinhos, amplia a atratividade econômica do crime e eleva o chamado Custo Brasil, pressionando transportadoras, embarcadores e o setor de seguros.
Para Buriti, o impacto financeiro só aumenta e já molda decisões logísticas em várias regiões do país.
Em situações como a do Rodoanel, o tempo de resposta é decisivo. Buriti explica que rastreadores inteligentes, bloqueadores automáticos e sistemas avançados de telemetria já permitem identificar, em poucos segundos, paradas não programadas, desvios bruscos da rota original ou abertura indevida do compartimento de carga.
A tecnologia de vídeo embarcado complementa essa análise ao registrar o ambiente interno e externo do veículo, fornecendo evidências em tempo real às autoridades.
Segundo o executivo, “quando o sistema detecta um comportamento fora do padrão e aciona automaticamente a equipe de segurança, reduzimos minutos preciosos que podem definir o desfecho do caso”.
Para ele, esse intervalo curto muitas vezes separa a recuperação da carga da perda total.
A telemetria monitora o comportamento do motorista e do veículo de ponta a ponta — velocidade, frenagens, rota, tempo de parada, aceleração, abertura de portas e eventos fora do padrão.
Todos esses dados são enviados para uma central, que identifica anomalias e aciona rapidamente a equipe responsável.
Quando integrada ao vídeo, a tecnologia permite identificar sinais de fadiga, distração, uso de celular e outras práticas que aumentam o risco de incidentes.
Para Buriti, a combinação entre telemetria e vídeo tem sido responsável por reduções consistentes no número de sinistros e pela melhoria do comportamento operacional das equipes nas estradas.
A evolução da segurança logística passa pelo uso intensivo de inteligência de dados. Plataformas especializadas cruzam histórico de ocorrências, horários de maior risco, perfil da carga e condições das vias para indicar rotas mais vulneráveis aos roubos de carga.
Com isso, transportadoras conseguem planejar trajetos, ajustar janelas de operação e evitar pontos críticos.
Dados provenientes de vídeo e telemetria enriquecem essa análise ao mostrar onde o risco está e também como o motorista se comporta em situações de tensão ou em trechos complexos.
Esse contexto detalhado melhora decisões operacionais e reduz exposição desnecessária.
Apesar de avanços relevantes no Sudeste, Buriti explica que a integração entre transportadoras, segurança privada e forças policiais ainda é desigual no país.
Falta padronização nacional para compartilhamento de dados em tempo real, o que impede que informações de telemetria, vídeo e alertas automáticos sejam usados de forma coordenada pelas autoridades.
Uma integração plena teria potencial para aumentar a taxa de recuperação de cargas e reduzir o tempo de resposta policial em situações de alto risco.
Segundo o executivo, esse é um dos gargalos mais urgentes da segurança logística no Brasil.
Para o executivo, a próxima fronteira da segurança logística está no uso de inteligência artificial para antecipar ameaças. Sistemas modernos já correlacionam clima, histórico criminal, tipo de carga, condições das vias e comportamento do motorista para prever momentos de maior vulnerabilidade.
A análise de vídeo por IA consegue identificar sinais de fadiga, movimentos suspeitos ou padrões de condução incompatíveis com a operação normal.
Buriti destaca ainda o avanço da nova lei de rastreabilidade, que deve criar um código unificado para identificar produtos e dificultar a revenda clandestina — um pilar importante para reduzir o estímulo aos roubos de carga.
Ele acrescenta que a democratização de tecnologias como telemetria e vídeo deve ampliar a adoção entre empresas de todos os portes, abrindo espaço para uma mudança estrutural no setor.
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