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A trajetória do Alibaba: como a pequena plataforma de vendas chinesa transformou-se no maior IPO da história
Publicado 20/11/2025 • 13:41 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 20/11/2025 • 13:41 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
ADEK BERRY/AFP
Fachada Alibaba
Fundada em 1999 por Jack Ma, a Alibaba transformou-se de uma pequena plataforma de e-commerce B2B na China em um império tecnológico global, com presença em áreas que vão de e-commerce e cloud computing até inteligência artificial e logística. Em 19 de setembro de 2014, o Alibaba, gigante tecnológico chinês, fez história ao realizar o maior IPO já registrado, levantando 25 bilhões de dólares no primeiro dia de negociação em Nova York.
Mais de dez anos depois, o IPO do Alibaba permanece como o maior do setor de tecnologia. Desde então, o grupo ampliou sua presença, diversificou negócios e aumentou sua influência. No entanto, também enfrentou desafios regulatórios, competição crescente e a desaceleração econômica da China. Ainda assim, no ano fiscal de 2025, a empresa registrou receita próxima a 137 bilhões de dólares.
O Alibaba não é apenas um site de compras. Hoje, é um conglomerado global, com mais de 25 empresas operando em diversos setores. O grupo abrange desde e-commerce e cloud computing até logística, entretenimento e inteligência artificial (IA). Suas principais unidades incluem:
Fim das holdings e investigação de monopólio
Nos últimos anos, a Alibaba enfrentou uma intensa pressão competitiva, com o crescimento de novas empresas disruptivas de diferentes setores, como TikTok, Temu e Shein, que impactaram significativamente seu modelo de negócios.
Para manter sua posição como um dos principais players globais, a empresa passou por uma reestruturação estratégica, dividindo seu vasto conglomerado em seis unidades independentes. Essa reorganização visou aumentar a agilidade e a flexibilidade das operações, permitindo que cada unidade tivesse sua própria governança, estratégia e liderança executiva.
A mudança foi essencial para garantir que a Alibaba pudesse competir de forma mais eficiente com rivais emergentes, como Pinduoduo e TikTok na época, em um ambiente de mercado cada vez mais dinâmico e desafiador.
Contudo, a reestruturação não foi isenta de controvérsias. Em 2020, o governo chinês abriu uma investigação antitruste contra a Alibaba, acusando a empresa de práticas monopolistas. A investigação culminou em uma multa recorde de 2,8 bilhões de dólares em abril de 2021, em função de acusações de que a empresa forçava vendedores a usarem suas plataformas exclusivas, prejudicando a competição.
Além disso, a empresa foi criticada por seu domínio do mercado de e-commerce na China, uma situação que despertou a atenção das autoridades regulatórias, que consideraram que a Alibaba abusava de sua posição dominante. Esses desafios legais geraram confusão no mercado, levando a uma queda no preço das ações da empresa e um período de reavaliação interna.
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O Alibaba não é mais apenas uma referência no mercado chinês; sua estratégia de expansão internacional tem se mostrado bem-sucedida. O grupo tem investido pesadamente em mercados como o Sudeste Asiático, Europa e América Latina, através de plataformas como AliExpress e Lazada. No segundo trimestre de 2025, essas unidades internacionais representaram cerca de 14% da receita global da empresa.
Além disso, a Alibaba tem se posicionado como um líder no setor de cloud computing, com a Alibaba Cloud dominando mais de 30% do mercado chinês em 2024. Em termos globais, a unidade ainda enfrenta forte concorrência de gigantes como Amazon (AWS), Microsoft (Azure) e Google, com apenas 4% do mercado global.
No entanto, seu crescimento na China e sua importância dentro do ecossistema Alibaba são inegáveis.
A inteligência artificial é uma das principais apostas do Alibaba para o futuro. Em 2018, a empresa foi anunciada como uma campeã nacional da IA pela China, e desde então tem investido pesado nessa área. A IA tem sido integrada a diversos setores do Alibaba, desde a personalização da experiência de compra até o aprimoramento de sua infraestrutura de cloud computing.
Outro pilar estratégico é a logística. O sistema Cainiao, que integra a cadeia de suprimentos do Alibaba, conecta milhares de vendedores e consumidores em toda a China e além. Esse sistema de logística não só sustenta o e-commerce, mas também representa uma vantagem competitiva no mercado, ajudando a empresa a oferecer serviços rápidos e eficientes.
Apesar de sua enorme influência e sucesso, o Alibaba enfrentou uma série de desafios regulatórios, especialmente após sua investigação antitruste. A pressão do governo chinês forçou a empresa a reavaliar sua estratégia de mercado. A decisão de dividir a empresa em várias unidades foi um reflexo dessa necessidade de adaptação a um ambiente mais competitivo e mais regulado.
Essa mudança também foi um passo para melhorar a transparência e a governança da empresa, que precisavam ser ajustadas para lidar com as novas exigências de conformidade e as expectativas do mercado.
Os cofundadores Joe Tsai e Eddie Wu, que reassumiram a liderança da empresa após a reestruturação, têm a missão de restaurar a estabilidade e fortalecer o crescimento a longo prazo.
A Alibaba agora segue uma abordagem mais focada em longo prazo, com investimentos contínuos em cloud computing, inteligência artificial e e-commerce internacional. A reestruturação e os investimentos em inovação indicam que a empresa está preparada para enfrentar os próximos desafios, apesar da crescente concorrência e da pressão regulatória.
Jack Ma, fundador da empresa, sempre disse que seu objetivo era garantir que o Alibaba durasse pelo menos 102 anos, atravessando três séculos. Agora, com a empresa se reinventando e se posicionando como um dos maiores players globais em tecnologia, parece que esse sonho está mais perto de se concretizar, desde que a empresa consiga se manter à frente das rápidas mudanças no mercado.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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