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Ibovespa B3 renova recorde durante o dia, mas fecha em leve baixa
Publicado 27/11/2025 • 18:13 | Atualizado há 14 minutos
Publicado 27/11/2025 • 18:13 | Atualizado há 14 minutos
KEY POINTS
O Ibovespa B3 abriu o dia renovando recordes: às 10h24, o índice marcou 158.845,06 pontos, superando a máxima de quarta-feira (26) e registrando a nova máxima intradiária histórica.
Apesar do impulso inicial, a força perdeu tração ao longo do pregão, em meio à liquidez reduzida pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, e o índice acabou encerrando em leve baixa de 0,12%, aos 158.359,76 pontos, permanecendo muito próximo dos níveis recordes atingidos nesta semana.
Entre as ações, o pregão foi marcado por forte volatilidade em papéis específicos, com OIBR3 disparando 90%, cotada a R$ 0,19, enquanto OIBR4 avançou 13,86%, a R$ 2,30.
Também se destacaram CLSC3, com alta de 9,67%, e BHIA3, que subiu 9,60%, em um dia de movimentos concentrados e sem fluxo estrangeiro relevante devido ao feriado nos EUA.
No câmbio, o dólar avançou 0,32%, negociado a R$ 5,352 na venda, após oscilar entre a mínima de R$ 5,329 e a máxima de R$ 5,359. A moeda começou o dia com viés de baixa, mas acompanhou um leve fortalecimento global ante pares fortes e alguns emergentes.
A pressão sobre o real, porém, foi parcialmente limitada pela alta do petróleo e do minério de ferro.
Nos juros futuros, os DIs ficaram próximos aos ajustes anteriores, com o mercado monitorando os dados do Caged e aguardando falas de Gabriel Galípolo e Diogo Guillen ao longo da tarde. O DI 26/11 fechou em 14,90%, enquanto o Índice DI atingiu 53.569,99 pontos.
Nos indicadores econômicos, o IGP-M subiu 0,27% em novembro, após queda de 0,36% em outubro. A confiança de serviços avançou 1,2 ponto, para 90,1, enquanto o índice de confiança do comércio subiu 3,7 pontos, na terceira alta consecutiva, para 89,9, segundo a FGV.
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O noticiário do dia também adicionou cautela aos mercados. A China suspendeu a importação de 69 mil toneladas de soja brasileira e bloqueou temporariamente compras de cinco processadoras após encontrar trigo com revestimento químico tóxico no navio Shine Ruby.
No campo policial, a megaoperação Poço de Lobato cumpriu mandados em seis estados e no DF contra alvos ligados à Refit, suspeita de um esquema que teria causado prejuízo fiscal de R$ 26 bilhões.
No setor corporativo, a Tim anunciou a compra de 100% da V8 Consulting por R$ 140 milhões, com possibilidade de earn-out adicional de mesmo valor em até seis anos.
Em dia de liquidez reduzida pelo feriado de Ação de Graças nos EUA, o mercado brasileiro operou praticamente de lado, cenário que já era esperado. “O feriado esvazia muito o mercado local, então Bolsa e câmbio passaram o dia na estabilidade”, afirmou Fábio Guarda, CEO de Asset da Galapagos Capital.
Segundo ele, os indicadores divulgados nesta quinta-feira reforçaram a leitura de atividade mais fraca. “O Caged veio abaixo do esperado, o IGP-M bem tranquilo, e isso poderia ter animado a curva de juros”, disse. Guarda destacou, porém, que nem mesmo as falas do diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram impacto: “Ele deu um downplay nas informações de curto prazo, disse que é preciso esperar, e a curva de juros ficou parada”.
O executivo avaliou que o feriado norte-americano também traz uma desaceleração saudável após semanas mais voláteis. “O feriado dá uma acalmada nos mercados. Muita gente tira risco para passar o fim de semana tranquilo com a família, e isso reduz a volatilidade”, observou.
Guarda também comentou a percepção de que as bolsas dos EUA estão caras em relação a outros mercados. “Os preços estão esticados, com P/E de 25 e as Mag7 ainda mais esticadas. Para justificar isso, muita coisa da revolução de IA precisa se materializar”, afirmou.
Ele disse que o relativo favorece oportunidades fora dos EUA: “Tem histórias boas na Europa, no Japão, no sul e leste asiático e até aqui na América Latina, onde os P/Es ainda estão muito baratos”.
Sobre o movimento crescente de diversificação internacional e via ETFs, ele afirmou que o investidor brasileiro está mais curioso. “O brasileiro sempre começa pelos EUA, mas há outras praças. E os ETFs ganharam liquidez, variedade e acesso fácil e barato”, disse. Já em relação aos próximos dias, Guarda vê tendência positiva caso não haja novos choques: “Entrando em dezembro, fica mais próxima a materialização do corte de juros americano. Se não tiver soluço, o trend é positivo para o Brasil”.
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