Após semana histórica, Ibovespa B3 abre semana com oscilação; dólar tem leve recuo

O Ibovespa B3 abriu a semana avançando 0,52%, aos 158.187,43 pontos, em um pregão de recuperação após dias de forte volatilidade.

O movimento ocorre logo após uma semana histórica, quando o índice chegou a flertar com a marca inédita dos 165 mil pontos, mas perdeu força e encerrou a última sexta-feira (5) na casa dos 157 mil, pressionado pela aversão ao risco global e pela correção de ativos domésticos.

Nesta segunda-feira (8), o alívio veio em linha com um dia mais estável nos mercados internacionais e com algum retorno do fluxo comprador.

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Entre as blue chips, o desempenho foi misto. Itaúsa (ITSA4) e Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram moderadamente, enquanto Petrobras e Vale tiveram pregão mais equilibrado. Na B3, o papel da própria B3SA3 subiu 2,21%, acompanhando o maior apetite por ativos locais. Já Gol (GOLL54) recuou 1,73%, refletindo ainda o cenário desafiador do setor aéreo. Entre as commodities, Cosan (CSAN3) oscilou levemente em terreno negativo.

Nas pontas, o dia foi de destaques contundentes: IRB Brasil (IRBR3) liderou as altas, disparando 10,10%, seguida por Recrusul, Monteiro Aranha e Qualicorp, todas com ganhos expressivos. Do lado negativo, o setor químico puxou o movimento: Unipar amargou fortes quedas em todas as suas classes de ações (UNIP5 -13,89%, UNIP6 -12,78%, UNIP3 -11,36%), além de perdas relevantes em Inepar e Banese.

O sentimento no mercado de juros segue estável, com o DI 27/11 mantendo 14,90%, enquanto o DI futuro de 08/12 acompanhou a leve abertura no campo longo, em dia de menor inclinação da curva.

Dólar tem leve recuo com correção após alta

O dólar recuou 0,22%, cotado a R$ 5,42, em um pregão de correção após a forte alta da última sexta-feira, quando fechou a R$ 5,43 em meio ao aumento do ruído político.

O movimento de hoje foi influenciado pelo noticiário envolvendo a possível desistência de Flávio Bolsonaro da pré-candidatura à Presidência em 2026 — fato que reduz, na visão do mercado, o nível de tensão institucional no curto prazo.

Além disso, o superávit comercial da China em novembro, a perspectiva de manutenção da Selic em 15% e a chance de corte de juros nos EUA nesta semana favoreceram o real, ampliando o fluxo para emergentes.

O dia, porém, não foi de direção única: no início do pregão, a moeda chegou a oscilar para cima, acompanhando as quedas do petróleo e do minério. No campo macro, o Boletim Focus trouxe revisões positivas para inflação e PIB, enquanto as expectativas para Selic em 2026 subiram ligeiramente para 12,25%.

A inflação medida pelo IPC-S desacelerou para 0,26%, e no exterior o BIS destacou a importância crescente do ouro e da inteligência artificial caso a economia global siga resiliente até 2026.

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Felipe Pjevac

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