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Mineradora australiana avalia investir milhões em projeto de nióbio e terras raras em MG; confira o valor

Publicado 26/12/2025 • 08:45 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • A australiana St. George planeja investir até 350 milhões de dólares em um novo projeto de nióbio e terras raras em Araxá (MG), vizinho à gigante CBMM.
  • O cronograma prevê o início da produção de nióbio em 2028 e de terras raras em 2029, com estudos de viabilidade técnica previstos para conclusão ao longo de 2026.
  • A mineradora já captou 72,5 milhões de dólares australianos e firmou acordos para fornecer até 40% de sua produção de terras raras para setores de defesa dos EUA.

Steve Marcus / Reuters

Uma carregadeira leva minério para um britador na mina de terras raras MP Materials em Mountain Pass, Califórnia, EUA, 30/1/2020

A mineradora australiana St. George avalia investir até US$ 350 milhões (R$ 1,94 bilhão) no projeto de extração de nióbio e terras raras em Araxá (MG), município que também abriga as operações da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O empreendimento está em fase de estudos e testes metalúrgicos. A expectativa é iniciar a produção de nióbio em 2028 e de terras raras em 2029.

O estudo de viabilidade será desenvolvido em duas etapas. A primeira fase, voltada ao nióbio, tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026. Já a etapa relacionada às terras raras deve ser finalizada até o fim de 2026. As análises devem atualizar estimativas de recursos minerais e custos de capital.

Atualmente, a empresa estima investimentos de cerca de US$ 100 milhões (R$ 551,5 milhões) para o projeto de nióbio. No caso das terras raras, o valor projetado varia entre US$ 150 milhões (R$ 827,3 milhões) e US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão), refletindo maior complexidade tecnológica e operacional.

A primeira estimativa de recursos indica 40,6 milhões de toneladas de terras raras, com teor médio de 4,13% de óxidos, além de 41,2 milhões de toneladas de nióbio, com 0,68% de óxido de nióbio. Segundo a companhia, apenas 10% dos direitos minerários foram pesquisados até o momento, o que abre espaço para revisões futuras para cima.

A estratégia de combinar a exploração de nióbio e terras raras busca dar maior sustentabilidade econômica ao projeto. Enquanto o mercado de terras raras apresenta preços mais voláteis, o nióbio tende a ter custos de produção mais baixos, o que pode ajudar a equilibrar a operação.

A proposta também prevê o aproveitamento máximo dos minerais presentes, reduzindo o descarte como rejeito.

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As terras raras ainda não são exploradas comercialmente pela CBMM, devido à inviabilidade econômica no estágio atual.

O mercado global de ferronióbio é estimado em menos de 128 mil toneladas, volume considerado limitado quando comparado a minerais estratégicos como o lítio, amplamente utilizado na transição energética.

A área do projeto pertence à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que deverá receber royalties caso a iniciativa avance, embora os valores ainda não tenham sido divulgados.

Em paralelo, Codemig e CBMM firmaram recentemente um novo contrato que estende por 30 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 15, a exploração de nióbio em Araxá (MG). O acordo substitui o contrato anterior, que venceria em 2032, e amplia a participação da Codemig nos resultados da CBMM.

Pelo novo modelo, a estatal passa a ter direito a 25% do lucro obtido com a comercialização de outros materiais além do nióbio, como terras raras, sem necessidade de novos aportes.

A St. George afirma que não enxerga sua entrada no mercado como concorrência direta à CBMM, mas como um movimento para ampliar e diversificar a cadeia global de suprimentos de nióbio e terras raras.

Em outubro, representantes da mineradora se reuniram com o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, durante a Exposibram, em Salvador. O encontro ocorreu no contexto do interesse norte-americano nas reservas brasileiras de terras raras, consideradas as maiores do mundo depois da China. Uma nova reunião foi realizada posteriormente, em Belo Horizonte, sem acordos concretos até o momento.

Segundo a empresa, embora haja interesse em atender cadeias internacionais, a prioridade inicial será o mercado brasileiro. No caso das terras raras, o produto final previsto é um óxido misto de alta pureza, destinado a etapas posteriores como separação, metalização e produção de ímãs permanentes.

Entre os avanços do projeto, a mineradora destaca a entrega dos primeiros produtos de terras raras ao MagBras, iniciativa do Programa Mover, liderada pelo Senai e coordenada pela Fiesc, voltada à criação de uma cadeia nacional de ímãs permanentes.

Em outubro, a St. George anunciou a captação de 72,5 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 264,1 milhões) para acelerar o desenvolvimento do projeto. Um mês antes, firmou um memorando de entendimento com a REAlloys, fornecedora de ímãs para os setores de defesa e tecnologia dos Estados Unidos, prevendo um possível acordo de compra futura de até 40% da produção de terras raras.

A empresa também mantém memorandos semelhantes com grupos chineses, voltados à produção de nióbio.

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