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Correios miram economia de R$ 4,2 bilhões por ano em plano que sustenta crédito bilionário com aval do Tesouro

Publicado 27/12/2025 • 16:15 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Plano agressivo de corte de custos promete até R$ 4,2 bi/ano, mas impacto pleno só vem em 2029.
  • Crédito de R$ 12 bi com aval do Tesouro transforma reestruturação em tema de risco fiscal.
  • Possível abertura de capital surge como alternativa estratégica no longo prazo.
Agencia correios

Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Os Correios preveem economizar até R$ 4,2 bilhões ao ano com a implementação de um plano de reestruturação, que será apresentado oficialmente na próxima segunda-feira (29). O projeto inclui demissão voluntária de 15 mil empregados, venda de imóveis, ajustes em benefícios e revisão da estrutura física e logística da empresa.

A medida surge em meio a uma crise financeira da estatal e foi condição fundamental para que a empresa conseguisse um empréstimo de R$ 12 bilhões com garantia do Tesouro Nacional. O valor será utilizado para sustentar as mudanças previstas para os próximos anos.

Entre as ações programadas, está um novo PDV (programa de demissão voluntária), que prevê o desligamento de 10 mil funcionários em 2026 e mais 5 mil em 2027. Também estão no pacote a revisão de até mil unidades deficitárias, como agências e centros de distribuição, e a redução de contratos e imóveis. Segundo a estatal, as despesas anuais hoje giram em torno de R$ 23 bilhões, sendo dois terços com pessoal.

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O impacto total da reestruturação, segundo fontes próximas à empresa, só será percebido integralmente a partir de 2029, embora o plano já traga economias graduais nos próximos anos. Parte do ganho inicial será absorvido por investimentos para viabilizar a transição, como indenizações do PDV e compensações ao plano de saúde.

Ainda assim, a expectativa da empresa é que, já em 2027, haja uma economia líquida de R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões relacionados à folha de pagamento e R$ 800 milhões com enxugamento da estrutura física. Em 2028, o ganho estimado sobe para R$ 3,8 bilhões, até atingir os R$ 4,2 bilhões em 2029, com valores corrigidos pelo IPCA.

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Do lado da receita, o plano prevê R$ 1,5 bilhão em 2026 com a venda de imóveis e mais R$ 1,7 bilhão em 2027 com novas parcerias comerciais. A estatal também espera reconquistar antigos clientes, a partir da melhoria operacional e logística.

Em comunicado enviado aos funcionários em dezembro, os Correios projetaram que o PDV sozinho economizará R$ 1,4 bilhão a partir de 2027, com retorno do investimento em cerca de nove meses.

No longo prazo, a empresa estuda inclusive abrir capital e se tornar uma sociedade de economia mista, modelo já adotado por companhias como Petrobras e Banco do Brasil.

O plano de reestruturação foi essencial para destravar um crédito de R$ 12 bilhões junto a cinco bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Os três primeiros emprestarão R$ 3 bilhões cada, enquanto os outros dois aportarão R$ 1,5 bilhão cada.

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A operação foi fechada com custo de 115% do CDI, abaixo do teto de 120% definido pelo Tesouro. Do total, R$ 10 bilhões serão liberados ainda em 2025, e R$ 2 bilhões até o fim de janeiro de 2026. O contrato tem prazo de 15 anos, com três anos de carência para início dos pagamentos.

Inicialmente, os Correios pediram R$ 20 bilhões, mas a proposta foi rejeitada após o Tesouro vetar a taxa de juros de 136% do CDI exigida por outro grupo bancário. Segundo o governo, isso representaria um custo extra de R$ 5 bilhões ao longo do contrato.

Com o crédito reduzido, a estatal já admite que será necessário buscar novo financiamento ou aporte do Tesouro em 2026, justamente em ano eleitoral, o que pode reacender o debate sobre o papel das estatais e o risco fiscal associado ao aval soberano.

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