O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na última segunda-feira (20) que o Brasil e a América Latina precisam “mais dos EUA do que os EUA precisam deles.” Para Regiane Bressan, professora de Relações Internacionais da Unifesp, essa fala reforça a pouca prioridade do presidente, colocando o Brasil em uma posição de buscar alternativas no cenário internacional.
“Quando ele diz isso, está deixando claro o distanciamento dessa relação. Isso abre espaço para o Brasil intensificar parcerias com a China, o Brics e até avançar em negociações como o acordo Mercosul-União Europeia”, explicou Regiane, em entrevista ao jornal ‘Agora’ desta terça-feira (21).
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Outro ponto de destaque, segundo a especialista, é o impacto das políticas migratórias e multilaterais. Em discurso, Trump reafirmou sua posição de restringir a imigração e endurecer sanções contra países como Venezuela e Nicarágua. “Isso contrasta com os interesses do Brasil, que busca uma América Latina mais próspera e integrada”, pontuou.
O Brasil ainda deve enfrentar um endurecimento das tarifas sobre produtos exportados, como commodities e matérias-primas. “Trump tem intenções claras de retomar a taxação de determinados produtos brasileiros, o que terá impacto direto nas exportações para os EUA”, alertou.
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