Desdolarização do Brics deve demorar a sair do papel, avaliam integrantes do Itamaraty
Publicado 26/02/2025 • 18:07 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 26/02/2025 • 18:07 | Atualizado há 2 meses
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Brics/Divulgação
Um dos focos da primeira reunião de sherpas da presidência brasileira do Brics, a eventual desdolarização nas transações do grupo deve demorar a ser colocada em prática, na avaliação de integrantes do Itamaraty.
Diplomatas brasileiros ouvidos pelo Times Brasil consideram que o assunto ainda estará na pauta “por várias presidências até que se possa avançar em termos mais concretos”.
Na visão de integrantes do Itamaraty, o tema exige “discussões técnicas longas e complexas”. “Não é algo de curto prazo”, frisou um deles.
Além disso, o Itamaraty faz a ponderação de que “se e quando concretizado, (o modelo) será uma opção e não uma obrigação”. Ou seja, quem preferir usar dólar poderá continuar dessa forma.
A diplomacia brasileira adota cautela em relação ao assunto especialmente após as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaça impor tarifas às nações do Brics caso iniciativas que possam enfraquecer o dólar avancem.
Nesta quarta (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que uma “atual escalada protecionista” no comércio internacional reforça a importância de medidas que ampliem trocas e aumentem opções de pagamentos entre os países integrantes do Brics.
“A atual escalada protecionista na área do comércio e investimentos reforça a importância de medidas que busquem superar os entraves da nossa integração econômica. Aumentar as opções de pagamento significa reduzir vulnerabilidades e custos”, declarou o presidente da República.
Os sherpas são enviados dos chefes de estado dos integrantes do Brics com a missão de conduzir discussões para a Cúpula de Líderes, prevista para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
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