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Vendas da Adidas superam expectativas com liquidação final dos estoques Yeezy

Publicado 05/03/2025 • 07:39 | Atualizado há 22 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Adidas anunciou nesta quarta-feira (5) um aumento nas vendas do quarto trimestre acima das expectativas, impulsionado pela liquidação dos últimos estoques da linha Yeezy.
  • No entanto, a empresa alertou para um crescimento mais lento da receita ao longo de 2025.
  • A gigante alemã de artigos esportivos registrou um aumento de 19% na receita em moeda neutra, alcançando 5,97 bilhões de euros (US$ 6,34 bilhões) no período de três meses
Fachada de uma das lojas Adidas

As vendas ficaram acima das expectativas impulsionadas pela liquidação dos últimos estoques da linha Yeezy, parceria com o artista Ye

Pexels

A Adidas anunciou nesta quarta-feira (5) um aumento nas vendas do quarto trimestre acima das expectativas, impulsionado pela liquidação dos últimos estoques da linha Yeezy. No entanto, a empresa alertou para um crescimento mais lento da receita ao longo de 2025.

A gigante alemã de artigos esportivos registrou um aumento de 19% na receita em moeda neutra, alcançando 5,97 bilhões de euros (cerca de R$ 36 bilhões) no período de três meses, superando a previsão dos analistas da LSEG, que estimavam 5,72 bilhões de euros.

O lucro operacional no quarto trimestre foi de 57 milhões de euros, revertendo um prejuízo de 377 milhões de euros no mesmo período do ano anterior.

As ações da Adidas caíram 2,6% logo após a abertura do mercado nesta quarta-feira.

As vendas anuais aumentaram 12% em moeda neutra, chegando a 23,7 bilhões de euros (R$ 141 bilhões), acima da projeção de 23,5 bilhões de euros. O lucro operacional totalizou 1,34 bilhão de euros em 2024, superando a estimativa de 1,27 bilhão de euros.

Os resultados ficaram acima das próprias previsões da empresa, que haviam sido revisadas em outubro para um crescimento anual de cerca de 10% em moeda neutra e um lucro operacional de aproximadamente 1,2 bilhão de euros (R$ 7,3 bilhões).

O CEO da Adidas, Bjorn Gulden, descreveu os resultados divulgados nesta quarta-feira como “muito melhores do que esperávamos”.

“Embora ainda não estejamos onde queremos a longo prazo, foi um ano muito bem-sucedido, que confirmou a força da marca Adidas, o potencial da nossa empresa e o trabalho incrível que nossas equipes estão fazendo. Ainda temos muito a melhorar, mas estou muito orgulhoso do que nossa equipe alcançou em 2024”, disse Gulden em comunicado.

Para 2025, a empresa espera um crescimento de vendas em moeda neutra na faixa de um dígito alto e um lucro operacional entre 1,7 bilhão e 1,8 bilhões de euros.

“Para 2025, estamos em uma posição muito boa”, afirmou Gulden. “É claro que há muita incerteza macroeconômica no momento, mas com produtos que acreditamos estar alinhados com as tendências e uma abordagem mais ágil e local, não vejo razão para não sermos bem-sucedidos.”

A Adidas busca aumentar sua participação no mercado da América do Norte, em um momento de queda nas vendas da Nike e de uma transição mais ampla no varejo para reduzir a dependência de um mercado chinês mais fraco.

Yeezy

As vendas da Adidas na América do Norte caíram 1,6% em moeda neutra em 2024, ainda sentindo os impactos do fim da lucrativa linha de tênis Yeezy. A Adidas precisou encerrar a parceria com Ye, o rapper anteriormente conhecido como Kanye West, após uma série de comentários antissemíticos feitos por ele em 2022.

A empresa informou nesta quarta-feira que vendeu o restante de seu estoque da linha Yeezy no quarto trimestre.

Desde que assumiu a liderança da Adidas em janeiro de 2023, Gulden tem buscado distanciar a empresa da linha Yeezy, que gerava prejuízos, e impulsionar uma reestruturação mais ampla da marca.

Yanmei Tang, analista da Third Bridge, destacou que a descontinuação da linha Yeezy e a falta de grandes eventos esportivos representam desafios para o próximo ano. Ela também enfatizou a necessidade de inovações além dos populares tênis Samba e Gazelle para impulsionar as metas de crescimento.

“Embora a Adidas tenha conseguido recuperar terreno no segmento de calçados casuais, especialmente com sua linha Terrace (Samba, Gazelle e Spezial), o auge dessa tendência pode já ter passado em mercados-chave como a Europa”, escreveu Tang em um relatório na terça-feira.

“A marca agora está focada em novos modelos, como o SL 72 e uma possível retomada do Superstar, mas é improvável que esses lançamentos compensem totalmente a esperada desaceleração da tendência Terrace”, afirmou ela.

A Adidas tem ganhado espaço em relação à principal concorrente, Nike, nos últimos trimestres. A participação da Adidas no mercado subiu para 8,9% em 2024, enquanto a da Nike ficou em 14,1%, segundo dados da Globaldata citados pela Reuters.

No entanto, a emergência de novas marcas, como On, Hoka e New Balance, intensifica a concorrência no setor de artigos esportivos, com cada uma delas conquistando uma fatia maior do mercado no último ano.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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