A luta entre Jake Paul e Mike Tyson entrou para a história na última sexta-feira (15) como o evento de boxe que arrecadou a maior bilheteria fora da cidade de Las Vegas e do estado de Nevada, nos Estados Unidos.
No confronto, Tyson, de 58 anos, foi derrotado pelo influenciador digital de 27 anos.
A receita foi de US$ 17,8 milhões (R$ 103 milhões, na cotação atual), superando o recorde anterior, que havia sido registrado no confronto entre Canelo Álvarez e Billy Joe Saunders, em 2021.
Além disso, também ultrapassou a maioria das bilheterias de lutas do UFC fora de Las Vegas, com exceção da luta entre Conor McGregor e Eddie Alvarez, em Nova York, em 2016.
A Netflix afirmou que 60 milhões de residências em todo o mundo viram a luta –durante o pico, foram 65 milhões de transmissões.
“O megaevento de boxe dominou as redes sociais, quebrou recordes e até colocou nossos sistemas de buffering à prova”, publicou a Netflix na rede social X no sábado.
A empresa que promoveu da luta, a Most Valuable Promotions, disse à CNBC que 72.300 pessoas viram a luta no AT&T Stadium, na cidade de Arlington, no estado do Texas.
Oito dígitos
Tanto Jake Paul como Tyson devem ter faturado valores na casa dos oito dígitos – ou seja, mais de US$ 10 milhões, segundo Nakisa Bidarian, cofundador da MVP.
Os ingressos variaram entre US$ 58 (R$ 335) e US$ 1.500 (R$ 8 mil), com pacotes VIP vendidos a até US$ 2 milhões (R$ 11,58 milhões), todos esgotados.
O maior recorde de bilheteria de todos os tempos permanece com a luta entre Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao, em 2015, que arrecadou US$ 72 milhões (R$ 416 milhões) em Las Vegas.
Jake Paul celebrou o feito: “Os números não mentem. As pessoas querem ver isso, e é uma conquista incrível.”
A derrota de Tyson
Jake Paul venceu Mike Tyson por decisão unânime nos pontos: 80-72, 79-73, 79-73.
O evento, transmitido pela Netflix para assinantes, também incluiu a revanche feminina mais aguardada do boxe: Katie Taylor contra Amanda Serrano.
Com uma base de 283 milhões de assinantes, a transmissão marcou a incursão da Netflix no universo esportivo, desafiando o modelo tradicional de pay-per-view.
