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Anbima revisa Selic, projeta PIB para baixo e mantém estimativa para a inflação
Publicado 18/03/2025 • 12:37 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 18/03/2025 • 12:37 | Atualizado há 3 meses
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Pixabay
Na véspera da segunda reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2025, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revisou sua projeção para a taxa básica de juros em 2025.
Para o Grupo Consultivo Macroeconômico da entidade, a Selic terminará o ano em 15%, um pouco menos que a estimativa anterior (15,25% ao ano). Mas os cortes deverão ocorrer apenas a partir da penúltima reunião do Copom, em novembro. Até lá, serão mais três altas, a primeira no encontro que será realizado nestas terça e quarta-feira (18 e 19).
A expectativa praticamente unânime do mercado é de nova alta de um ponto percentual — a terceira seguida —, levando os juros para 14,25%. “O PIB do primeiro trimestre deverá ter uma forte expansão e desacelerar gradualmente ao longo do ano, abrindo espaço para cortes de juros a partir da reunião de novembro”, afirmou o coordenador do Grupo Macroeconômico, Fernando Honorato.
Esse colegiado é formado por 26 economistas de entidades associados à Anbima, que se reúnem a cada 45 dias. Ou seja, com a mesma periodicidade dos encontros do Copom. Para eles, o comitê do Banco Central promoverá ainda dois aumentos da Selic, em maio (dias 6 e 7) e junho (17 e 18), de meio ponto cada. O juro básico subiria, assim, para 15,25%. E permaneceria estável até novembro. O Copom tem ainda uma última reunião, em 9 e 10 de dezembro.
Após a revisão, a estimativa converge com a do boletim Focus, divulgado nesta segunda (17) pelo BC, que apontou Selic a 15% pela décima semana seguida.
Os integrantes do grupo da Anbima também alteraram a projeção para o PIB, de 1,96% para 1,92%, com desaceleração a partir do terceiro trimestre — no Focus, a estimativa é de 1,99%. No câmbio, a estimativa para o dólar recuou R$ 6,10 para R$ 6 até o final do ano (R$ 5,98, segundo o Focus).
A previsão para a inflação (IPCA-IBGE) foi mantida em 5,6%, quase o dobro do centro da meta (3%) fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e um pouco abaixo da projeção geral do mercado (5,66%). Na política fiscal, os economistas preveem que a dívida bruta do setor público fique em 80,31% do PIB (a projeção anterior era de 81%), enquanto o déficit primário foi estimado em 0,66% (0,63%).
Já a XP prevê altas mais intensas dos juros: 1 ponto agora, 0,75 na próxima reunião e 0,50 na seguinte, o que levaria a taxa para 15,50% já em junho. “Se a taxa de câmbio ficar relativamente estável nos próximos meses e a desaceleração econômica se intensificar, o Copom poderá aumentar sua taxa básica de juros pela última vez em maio (ao invés de junho, como considerado em nosso cenário base atual)”, afirmou o banco em relatório. Haveria “espaço para alguma flexibilização” apenas no próximo ano. A estimativa para o final de 2026 é de Selic a 12,50%. “Este cenário depende crucialmente da dinâmica das tensões globais e da política econômica doméstica como um todo em 2026, um ano eleitoral.”
Por um lado, diz a XP, as políticas fiscal e parafiscal continuam “expansionistas”, o que pode se intensificar com algumas medidas discutidas no governo. “Por exemplo, a liberação de recursos do FGTS, a ampliação do crédito consignado ao setor privado e a isenção de imposto de renda para trabalhadores que ganham até 5.000 reais por mês, entre outras.”
Por outro lado, a atividade econômica parece perder força, o que pode ser favorável para reduzir a inflação. Mas o cenário continua sendo de incerteza. “Os dados de dezembro foram mais fracos do que o esperado, mas os números de janeiro e fevereiro têm sido mistos. Nosso cenário base prevê desaceleração relevante da economia, mas o hiato do produto deve seguir positivo ao longo de todo o horizonte de projeção.” Os economistas da XP acreditam que o Copom reduzirá “sutilmente” sua projeção para o IPCA, de 5,2% para 5,1%.
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