A demanda “infinita” por IA e como evitar teses perdedoras
Publicado 04/04/2025 • 09:24 | Atualizado há 5 dias
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Publicado 04/04/2025 • 09:24 | Atualizado há 5 dias
Nvidia
Getty Images
Duas semanas atrás, o grande evento anual da Nvidia, o GTC 2025, trouxe mais uma vez destaque pelas inovações em IA e as perspectivas para o futuro. Entre os dados mais emblemáticos, o número de vendas e pedidos do Blackwell, modelo de GPU mais atual, chamou atenção, mostrando uma forte adesão pelas Hyperscalers (gigantes do segmento).
Em 2024, a Nvidia enviou 1,3 milhão de chips Hopper para os 4 principais provedores de Cloud (computação de nuvem) dos EUA. Em contraponto, até o momento, em 2025, 3,6 milhões de chips Blackwell foram enviados para os mesmos 4 clientes, sendo 1,8 milhão de novos pedidos (desconsiderando entregas atrasadas do ano passado) — ou seja, até março, foram entregues 40% mais chips do que todo 2024, o que mostra uma grande tração inicial desse chip reforçando as expectativas em relação a demanda do setor, com fundamentos ainda sólidos.
Outro fator que gera suporte de longo prazo, com um grande diferencial comparativo, são os saltos geracionais no desempenho, com uma capacidade de inferência 40x maior do Blackwell em comparação com o Hopper (versão anterior), trazendo uma perspectiva de aumento de produtividade significativo em comparação com os modelos anteriores. E a demanda por essa capacidade cada vez maior parece infinita.
Mas será mesmo que essa demanda generalizada se sustenta? Em entrevista ao Brazil Journal, uma das maiores referências vivas em valuation e finanças, Aswath Damodaran, cravou que, para a maioria das empresas, IA será custo, e não receita. Ele defende que o ciclo corporativo é composto por nascimento, crescimento, maturidade e, muitas vezes, velhice e fim. Os melhores dias de empresas como Vale e Petrobras, diz ele, “ficaram para trás”.
Em outras palavras: para ele, é improvável que todas as companhias se beneficiem dos ganhos de produtividade extremos esperados com o uso eficiente de inteligência artificial. Todos querem estar no topo da cadeia alimentar, mas alguns ficarão pelo caminho — e projetar quais teses estão em cada ponta é um trabalho extremamente difícil.
Apenas dez anos atrás, Exxon Mobil era a segunda maior companhia na composição do S&P500, principal índice de ações dos EUA. Johnson & Johnson ocupava a quarta posição e Wells Fargo, a sétima. Nenhuma dessas companhias está no top 10 atualmente, dando espaço para, por exemplo, a própria Nvidia, Amazon e Broadcom. Enquanto isso, o Ibovespa continua dominado pelas mesmas companhias de commodities, utilidades públicas e grandes bancos, que são empresas sólidas e resilientes, mas atualmente apresentam pouco espaço para um crescimento expressivo no futuro, e provavelmente não estarão na vanguarda da inovação.
Mercados competitivos e eficientes refletem as mudanças da economia e oferecem exposição às teses mais vencedoras e com maior potencial de crescimento, através das dinâmicas da economia. Diversificar sua carteira para incluir bolsas globais, via ETFs de índice, por exemplo, é a forma mais simples de evitar concentração excessiva em companhias que serão passadas para trás.
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