Indonésia planeja importar mais dos EUA para ‘reduzir’ superávit comercial, diz ministra das Finanças
Publicado 24/04/2025 • 08:52 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 24/04/2025 • 08:52 | Atualizado há 2 dias
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O viaduto Semanggi em Jacarta, Indonésia.
Fadil Aziz | The Image Bank | Getty Images (Reprodução CNBC)
As tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, levaram países a buscar formas de melhorar sua balança comercial com os EUA e negociar a extensão das tarifas aplicadas às suas importações.
O plano da Indonésia agora é “reduzir” ou até eliminar seu superávit comercial com os EUA, disse a ministra das Finanças do país, Sri Mulyani Indrawati, à CNBC, à margem das Reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial.
Isso acontece após o país ter sido atingido por uma tarifa de 32% sobre exportações para os EUA imposta por Trump em 2 de abril. Desde então, ele reduziu a tarifa para 10% como parte de sua pausa de 90 dias nas tarifas aplicadas a alguns países e produtos.
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Indrawati observou que o país, rico em recursos naturais, tem sido percebido como um obstáculo ao comércio por meio de “barreiras não tarifárias”, como seus processos administrativos, processos alfandegários sobre produtos importados e procedimentos tributários.
A Indonésia agora busca importar mais produtos agrícolas dos EUA, como trigo, soja e milho, disse ela.
“Importamos não apenas dos Estados Unidos, mas de muitos outros… sempre podemos discutir como podemos reduzir [o superávit] e colocar os Estados Unidos em uma posição melhor fornecendo esse tipo de produto agrícola”, observou.
A Indonésia também poderia importar petróleo e gás – especialmente gás liquefeito dos EUA – já que sua produção interna é insuficiente para atender às necessidades energéticas do país, disse a ministra.
As declarações dela vêm no momento em que o superávit comercial da Indonésia com os EUA ficou em US$ 4,3 bilhões entre janeiro e março de 2025 – acima dos US$ 3,61 bilhões no mesmo período do ano anterior. Os EUA foram o maior contribuinte para o superávit comercial total do país do Sudeste Asiático, de US$ 10,92 bilhões no primeiro trimestre.
No entanto, Indrawati observou que o comércio com os EUA representa menos de 2% do Produto Interno Bruto da Indonésia.
“Então, não é realmente tão grande”, considerando que as exportações totais representam 20% do PIB da Indonésia, acrescentou.
Ainda assim, Indrawati afirmou que o impacto das tarifas de Trump pode ser sentido de outras maneiras, à medida que os países buscam diversificar suas exportações com relação aos EUA.
Manutenção da estabilidade da taxa de câmbio da rupia
O Banco da Indonésia manteve suas taxas de juros pela terceira revisão consecutiva nesta quarta-feira (23), em uma tentativa de manter a estabilidade da taxa de câmbio da rupia indonésia diante das incertezas macroeconômicas.
O banco central manteve sua taxa básica de recompra reversa de 7 dias – também conhecida como BI Rate – inalterada em 5,75%, conforme esperado por todos, exceto dois dos 26 economistas consultados pela Reuters. Também mantiveram inalteradas suas outras duas taxas de política monetária.
A decisão ocorre no momento em que a rupia indonésia atingiu uma mínima histórica, enquanto o índice composto de Jacarta despencou no início do mês, após a imposição pelos EUA de “tarifas recíprocas” a países, incluindo a Indonésia.
A medida visa proteger a estabilidade da rupia, enquanto o banco central continua avaliando o espaço futuro para um corte, levando em conta a taxa de inflação do país e as perspectivas de crescimento, disse o presidente do banco, Perry Warjiyo.
“Nossa prioridade de curto prazo é a estabilidade da taxa de câmbio. Uma vez que a estabilidade for mantida, o espaço para um corte na taxa será maior e esse será o momento de decidir sobre a política de juros futura”, acrescentou.
A rupia desvalorizou 0,12% frente ao dólar, para 16.800, na quinta-feira (24), um dia após a decisão da BI sobre a taxa de juros.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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