Ministros das Relações Exteriores dos países do BRICS, incluindo China e Rússia, criticaram nesta (29) terça-feira o “ressurgimento do protecionismo comercial” em uma reunião no Rio de Janeiro dominada pela ofensiva tarifária do presidente Donald Trump.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, que ocupa a presidência rotativa do BRICS, disse que o grupo de 11 países ressaltou sua “firme rejeição” ao protecionismo, sem se referir explicitamente a Trump.
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, o líder americano impôs uma tarifa geral de 10% a dezenas de países, mas a China enfrenta taxas de até 145% sobre muitos produtos.
Pequim respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos.
O bloco BRICS, fundado por Brasil, Rússia, Índia e China em 2009 e que desde então se expandiu para incluir Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, tornou-se um fórum de discussão fundamental para potências não ocidentais.
Os chanceleres reunidos no Rio três meses antes de uma cúpula de líderes não emitiram uma declaração conjunta, mas Vieira disse que havia “consenso absoluto” sobre a questão de “conflitos comerciais e tarifas”.
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