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Tarifas do Trump

Para salvar “Hollywood morrendo”, Trump tarifa em 100% filmes produzidos no exterior

Publicado 05/05/2025 • 07:33 | Atualizado há 7 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo (4) uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora do país, dizendo que a indústria cinematográfica americana estava morrendo uma “morte muito rápida” devido aos incentivos que outros países estavam oferecendo para atrair cineastas.
  • “Isso é um esforço coordenado de outras Nações e, portanto, uma ameaça à Segurança Nacional. É, além de tudo, uma questão de mensagem e propaganda”, disse Trump na Truth Social.
  • Não estava claro se as tarifas se aplicariam a filmes em serviços de streaming, bem como àqueles exibidos em cinemas, ou se seriam calculadas com base nos custos de produção ou na receita de bilheteria.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo (4) uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora do país, dizendo que a indústria cinematográfica americana estava morrendo, uma “morte muito rápida” devido aos incentivos que outros países estavam oferecendo para atrair cineastas.

“Isso é um esforço coordenado de outras Nações e, portanto, uma ameaça à Segurança Nacional. É, além de tudo, uma questão de mensagem e propaganda”, disse Trump na Truth Social.

Trump afirmou que estava autorizando as agências governamentais relevantes, como o Departamento de Comércio, a iniciarem imediatamente o processo de imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos no exterior e posteriormente enviados para os Estados Unidos.

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Ele acrescentou: “QUEREMOS FILMES FEITOS NA AMÉRICA, DE NOVO!”

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse no X: “Estamos cuidando disso.”

Nem Lutnick, nem Trump forneceram detalhes sobre como as tarifas seriam implementadas.

Não estava claro se as tarifas se aplicariam a filmes em serviços de streaming, bem como àqueles exibidos em cinemas, ou se seriam calculadas com base nos custos de produção ou na receita de bilheteria. Executivos de Hollywood tentavam entender os detalhes na noite de domingo. A Motion Picture Association, que representa os grandes estúdios, não comentou imediatamente.

Em janeiro, Trump nomeou os veteranos de Hollywood Jon Voight, Sylvester Stallone e Mel Gibson para trazer Hollywood de volta “maior, melhor e mais forte do que nunca”.

A produção de filmes e programas de TV vem deixando Hollywood há anos, migrando para locais com incentivos fiscais que tornam as filmagens mais baratas.

Governos ao redor do mundo aumentaram créditos e reembolsos em dinheiro para atrair produções e capturar uma fatia maior dos US$ 248 bilhões que a Ampere Analysis prevê que serão gastos globalmente em 2025 para produzir conteúdo.

Todas as grandes empresas de mídia, incluindo Walt Disney, Netflix e Universal Pictures, filmam no exterior em países como Canadá e Reino Unido.

Na segunda-feira (5), líderes da Austrália e da Nova Zelândia responderam ao anúncio tarifário de Trump dizendo que defenderiam suas indústrias locais. Alguns filmes de super-heróis da Marvel foram filmados na Austrália, enquanto a Nova Zelândia serviu de cenário para os filmes “O Senhor dos Anéis”.

‘Muito mais a perder do que a ganhar’

Em 2023, cerca de metade dos gastos de produtores dos EUA em projetos de filmes e TV com orçamentos superiores a US$ 40 milhões foi feita fora do país, segundo a empresa de pesquisa ProdPro.

A produção de filmes e televisão caiu quase 40% na última década na cidade natal de Hollywood, Los Angeles, segundo a FilmLA, uma organização sem fins lucrativos que monitora a produção na região.

Os incêndios florestais de janeiro aumentaram as preocupações de que os produtores possam procurar locais fora de Los Angeles, e que operadores de câmera, figurinistas, técnicos de som e outros profissionais dos bastidores possam se mudar da cidade em vez de tentar reconstruir seus bairros.

Uma pesquisa da ProdPro com executivos revelou que a Califórnia era o sexto local mais preferido para filmagens nos próximos dois anos, atrás de Toronto, Reino Unido, Vancouver, Europa Central e Austrália.

Produtores de Hollywood e sindicatos trabalhistas têm pressionado o governador Gavin Newsom a aumentar os incentivos fiscais do estado para competir melhor com outros locais.

A tarifa proposta por Trump sobre filmes segue uma série de conflitos comerciais iniciados por sua administração, que abalaram os mercados e geraram temores de uma recessão nos EUA.

O ex-alto funcionário do Departamento de Comércio William Reinsch, atualmente pesquisador sênior do Center for Strategic and International Studies, disse que a retaliação às tarifas sobre filmes seria devastadora.

“A retaliação vai matar nossa indústria. Temos muito mais a perder do que a ganhar”, disse ele, acrescentando que seria difícil justificar uma questão de segurança nacional ou emergência nacional para filmes.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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