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Haddad afirma que Lula não fará escolha entre EUA ou China

Publicado 12/05/2025 • 13:24 | Atualizado há 2 meses

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (12), que o Brasil não vai fazer uma escolha entre Estados Unidos e China em meio à guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo.
  • "O presidente Lula não vai fazer essa escolha ... Nós precisamos repensar o nosso desenvolvimento, nós não podemos ser tão dependentes de uma relação bilateral", disse Haddad em entrevista ao UOL.
  • Haddad lembrou, contudo, que as negociações com o governo de Donald Trump estão sendo conduzidas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Fernando Haddad.

Fernando Haddad.

Brasília (DF) 20/12/2024 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante café da manhã com jornalistas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (12), que o Brasil não vai fazer uma escolha entre Estados Unidos e China em meio à guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo.

“O presidente Lula não vai fazer essa escolha… Nós precisamos repensar o nosso desenvolvimento, nós não podemos ser tão dependentes de uma relação bilateral”, disse Haddad em entrevista ao UOL.

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Durante a entrevista, o ministro ressaltou que o Brasil não está escolhendo um bloco econômico. “O Brasil sabe que, para se desenvolver, precisa de bons acordos comerciais com a Ásia, bons acordos comerciais com a Europa e um bom acordo também com os Estados Unidos”, declarou o ministro da Fazenda.

Ele disse que a conversa com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi muito franca e educada, atacando os temas mais delicados.

Haddad lembrou, contudo, que as negociações com o governo de Donald Trump estão sendo conduzidas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Ao falar sobre os argumentos levados à reunião com Bessent, Haddad repetiu que a América do Sul é deficitária nas relações comerciais com os Estados Unidos. “Como é que você taxa uma região que é deficitária? Do ponto de vista econômico, não faz o menor sentido. E ele próprio Bessent reconheceu quando eu disse isso e disse: olha, nós vamos negociar, nós vamos sentar à mesa para negociar”, relatou o ministro.

“Do meu ponto de vista, os Estados Unidos deveriam olhar com mais generosidade para a América Latina e para a América do Sul. E o Brasil, do meu ponto de vista, está fazendo a política certa”, acrescentou Haddad, que também pediu um olhar mais estratégico dos EUA ao continente.

A maior economia do mundo, ressaltou o titular da Fazenda, tem muito a ganhar com o maior equilíbrio regional e desenvolvimento da América do Sul.

Ao reforçar que o governo brasileiro não vai escolher um dos lados na guerra comercial, Haddad lembrou que a China é a maior parceira comercial do Brasil, enquanto os EUA dominam a tecnologia de ponta. Assim, ressaltou o ministro, as duas parcerias são fundamentais para o Brasil se desenvolver.

Multilateralismo

O ministro reiterou a mensagem de que o presidente Lula acredita no multilateralismo e ressaltou que o presidente tem portas abertas para negociar no exterior.

“Ele é visto no mundo inteiro como um genuíno democrata. Ele é uma pessoa que nasceu da luta contra a ditadura, venceu três eleições democraticamente, reconheceu todos os resultados quando perdeu, jogou fair play a vida inteira e tem as portas abertas do mundo inteiro. Talvez seja dos poucos governantes que tenham portas abertas em qualquer quadrante do mundo”, afirmou Haddad.

O ministro também ressaltou na entrevista que o Brasil está numa situação geopolítica que, se bem aproveitada, pode favorecer o País.

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