Grupo Jorge Batista sofre ataque cibernético com prejuízo superior a R$ 400 milhões
Publicado 27/05/2025 • 20:29 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 27/05/2025 • 20:29 | Atualizado há 3 dias
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Foto: Divulgação
O Grupo Jorge Batista, proprietário das Farmácias Globo e da distribuidora Nazária, foi alvo de um ataque cibernético no dia 12 de maio, realizado pelo grupo hacker internacional Gunra. O ataque, que paralisou completamente as operações da companhia, causou um prejuízo superior a R$ 400 milhões, com impactos nas vendas, contratos e operações internas.
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Segundo informações apuradas pelo portal Lupa 1 e confirmadas pelo Bahia Notícias, os hackers sequestraram os sistemas da empresa e exigiram o pagamento de resgate em criptomoedas, com um prazo final dado para o dia 17 de maio.
Caso o pagamento não fosse efetuado, os criminosos ameaçaram apagar todos os dados da empresa, incluindo arquivos contábeis, contratos e outros documentos sensíveis. A situação gerou preocupação, com dados da empresa sendo listados no site de vazamentos do Gunra na dark web.
No dia 12 deste mês, a Nazária Distribuidora Farmacêutica e as Drogarias Globo, ambas pertencentes ao Grupo Jorge Batista, confirmaram instabilidades operacionais em seus sistemas, atribuídas ao ataque cibernético. Em uma nota oficial, a Nazária informou que suas operações foram paralisadas e que sua equipe técnica estava trabalhando com máxima prioridade para resolver o problema e restabelecer os serviços.
“Desde a identificação do incidente, nossa equipe técnica tem atuado com máxima prioridade na contenção e resolução do problema, adotando todas as medidas de segurança necessárias para proteger os dados e restabelecer plenamente os serviços“, afirmou a nota.
Entre os maiores impactos causados pelo ataque cibernético está o adiamento da Mega Feira de Negócios da Nazária, evento de grande importância no setor, que costuma movimentar mais de R$ 150 milhões em transações comerciais. O evento, que estava programado para o início de junho, foi adiado para os dias 24 e 25 de julho.
A paralisação completa dos sistemas também afetou o fluxo de pedidos, com a cadeia de distribuição do grupo interrompida, sem qualquer transação realizada desde o início do ataque.
Além disso, fontes do Lupa 1 relataram que o ataque afetou diretamente as Drogarias Globo, com diversas unidades do grupo enfrentando limitações e atrasos no atendimento. A interrupção nos serviços e o vazamento de dados críticos colocaram em risco as operações do grupo, que busca, junto à sua equipe de segurança cibernética, encontrar uma solução para restaurar os sistemas sem ceder à exigência dos hackers.
Apesar da pressão, a direção do Grupo Jorge Batista decidiu não pagar o resgate exigido pelos hackers. A orientação foi dada pela equipe de segurança cibernética do grupo, que está trabalhando para tentar reverter os danos. No entanto, o risco de perda total dos dados continua, já que os hackers ameaçaram apagar completamente todos os sistemas da empresa caso não houvesse pagamento até o prazo final.
Especialistas em segurança cibernética alertam para o crescimento de ataques do tipo ransomware, como o ocorrido com o Gunra, que tem como alvo principal empresas do setor farmacêutico, industrial e imobiliário, tanto no Brasil quanto em outros países. De acordo com o Security Leaders, este tipo de ataque tem se intensificado nos últimos anos, com alvos preferenciais em grandes corporações.
Além das perdas financeiras diretas, o grupo está lidando com o rompimento de contratos e a aplicação de multas, com impactos em sua reputação no mercado. O governo e as autoridades competentes foram acionados, mas até o momento, não houve avanço nas investigações.
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