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Israel e Irã trocam ataques enquanto guerra aérea entra no quinto dia
Publicado 17/06/2025 • 08:59 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 17/06/2025 • 08:59 | Atualizado há 9 horas
KEY POINTS
Uma coluna de fumaça sobe de um local na cidade de Haifa após uma nova onda de mísseis iranianos em 15 de junho de 2025.
Ahmad Gharabli/AFP
Israel afirmou nesta terça-feira (17) que atacou locais militares no Irã e matou um comandante sênior em novos bombardeios, levando Teerã a retaliar com o lançamento de mísseis, no quinto dia de uma escalada de confrontos entre os dois rivais históricos.
Explosões foram ouvidas sobre Tel Aviv e Jerusalém pela manhã, pouco depois de sirenes de alerta soarem em partes de Israel, em resposta aos lançamentos de mísseis pelo Irã, segundo o Exército israelense.
A força aérea estava “operando para interceptar e atacar onde necessário para eliminar a ameaça”, disse o Exército.
Cerca de 20 minutos depois, o Exército informou que as pessoas já poderiam deixar os abrigos, enquanto a polícia relatava a queda de destroços na região de Tel Aviv e os bombeiros atuavam no combate a um incêndio na área.
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O Exército israelense afirmou ter matado o comandante iraniano Ali Shamdani em um ataque noturno contra um “centro de comando no coração de Teerã”, quatro dias após ele substituir Golam Ali Rashid, morto em outro ataque israelense.
Ainda de acordo com Israel, múltiplos locais de lançamento de mísseis e drones no oeste do Irã foram alvos, incluindo infraestrutura, lançadores e depósitos de armazenamento. Imagens em preto e branco mostraram algumas dessas estruturas explodindo.
Apesar dos crescentes apelos por uma redução das tensões, nenhum dos lados recuou da série de ataques com mísseis que começou na sexta-feira, quando Israel lançou uma campanha aérea sem precedentes contra instalações nucleares e militares iranianas.
Uma nova onda de ataques israelenses sobre Teerã — incluindo um ataque dramático à sede da emissora estatal de televisão, que informou a morte de três pessoas — levou ambos os lados a ativarem seus sistemas de defesa antimísseis durante a madrugada.
O presidente Donald Trump garantiu que Washington não esteve envolvido nos ataques iniciais e tem repetidamente se recusado a dizer se os Estados Unidos apoiarão a ação militar israelense.
Após pedir negociações, Trump emitiu um alerta extraordinário em sua plataforma Truth Social: “Todos devem evacuar imediatamente Teerã!” Em seguida, deixou antecipadamente a cúpula do G7 no Canadá para retornar a Washington.
Ao chegar aos Estados Unidos, Trump declarou que busca um “fim real” para o conflito, e não apenas um cessar-fogo.
“Não estou em busca de um cessar-fogo, estamos buscando algo melhor que um cessar-fogo”, disse Trump a jornalistas, acrescentando que deseja uma “rendição completa” por parte do Irã.
O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, afirmou que os Estados Unidos estão enviando “capacidades adicionais” para o Oriente Médio.
O porta-aviões USS Nimitz deixou o Sudeste Asiático na segunda-feira, cancelando uma escala planejada no Vietnã, em meio a relatos de que estaria a caminho da região.
A China acusou Trump de estar “jogando gasolina” no conflito.
“Ameaças e pressões não ajudarão a promover a redução da escalada da situação, mas apenas intensificarão e ampliarão o conflito”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun.
Após décadas de inimizade e uma prolongada guerra velada, Israel lançou sua campanha aérea surpresa na semana passada, dizendo que visa impedir o Irã de adquirir armas nucleares — uma ambição que Teerã nega.
O Irã respondeu com múltiplas rajadas de mísseis. A Guarda Revolucionária prometeu, na noite de segunda-feira, que os ataques continuariam “sem interrupção até o amanhecer”.
A televisão estatal informou que a sede da Mossad, agência de inteligência de Israel em Tel Aviv, estava entre os alvos da Guarda.
A escalada já interrompeu as negociações nucleares e aumentou os temores de um conflito mais amplo.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao menos 24 pessoas morreram em Israel e centenas ficaram feridas.
No domingo, o Irã declarou que os ataques israelenses haviam matado pelo menos 224 pessoas, incluindo comandantes militares, cientistas nucleares e civis. Não foi divulgado um novo balanço desde então.
Netanyahu afirmou que Israel está “mudando a face do Oriente Médio, e isso pode levar a mudanças radicais dentro do próprio Irã”.
A agência de notícias iraniana ISNA citou um responsável médico dizendo que todos os médicos e enfermeiros tiveram suas folgas canceladas e foram ordenados a permanecer nos centros de saúde.
Os apelos internacionais por calma aumentaram.
Na cúpula do G7, líderes — incluindo Trump — pediram na segunda-feira uma “redução da escalada”, ressaltando que Israel tem o direito de se defender.
“Instamos para que a resolução da crise iraniana leve a uma redução mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, disseram os líderes do G7 em um comunicado conjunto que também afirmou que “o Irã nunca pode possuir uma arma nuclear”.
Nas últimas semanas, Estados Unidos e Irã haviam realizado diversas rodadas de negociações indiretas sobre o programa nuclear iraniano, mas Teerã afirmou, após o início da campanha israelense, que não negociaria enquanto estivesse sob ataque.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse na segunda-feira que “na ausência de uma cessação total da agressão militar contra nós, nossas respostas continuarão”.
“Um simples telefonema de Washington seria suficiente para conter alguém como Netanyahu. Isso poderia abrir caminho para a retomada da diplomacia”, escreveu ele no X.
Um alto funcionário dos EUA disse à AFP que Trump interveio para impedir que Israel realizasse um assassinato do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
Mas Netanyahu não descartou essa possibilidade quando questionado sobre o assunto em entrevista à ABC News.
“Isso não vai escalar o conflito, isso vai acabar com o conflito”, afirmou.
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