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“Sem energia nuclear, não há transição energética”, afirma presidente da ABDAN durante o Energy Summit

Publicado 24/06/2025 • 17:44 | Atualizado há 14 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Durante o Energy Summit 2025, realizado no Rio de Janeiro, o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, defendeu o papel estratégico da energia nuclear na matriz energética brasileira.
  • De acordo com o presidente da ABDAN, a energia nuclear exerce papel estratégico no Brasil não apenas na geração elétrica, mas também na medicina, segurança nacional e conservação de alimentos.
  • O Plano Nacional de Energia 2050 prevê a construção de 8 a 10 gigawatts de capacidade nuclear, o equivalente a cerca de oito novas usinas. Para Cunha, isso permitirá reduzir a dependência de térmicas a carvão e a óleo, responsáveis por maiores emissões de gases de efeito estufa.

Durante o Energy Summit 2025, realizado no Rio de Janeiro, o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, defendeu o papel estratégico da energia nuclear na matriz energética brasileira.

Segundo Cunha, a fonte é fundamental para garantir estabilidade no fornecimento de eletricidade e atender à demanda crescente do país. “Sem energia nuclear, não há transição energética”, afirmou, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

De acordo com o presidente da ABDAN, a energia nuclear exerce papel estratégico no Brasil não apenas na geração elétrica, mas também na medicina, segurança nacional e conservação de alimentos.

O dirigente explicou que a matriz energética brasileira avançou na produção de energia solar e eólica, o que gerou maior intermitência no sistema. “A gente precisa de energia disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem oscilação”, afirmou.

Plano de expansão nuclear

O Plano Nacional de Energia 2050 prevê a construção de 8 a 10 gigawatts de capacidade nuclear, o equivalente a cerca de oito novas usinas. Para Cunha, isso permitirá reduzir a dependência de térmicas a carvão e a óleo, responsáveis por maiores emissões de gases de efeito estufa.

Além do setor elétrico, a tecnologia nuclear é aplicada na medicina, com o uso de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Cunha destacou que o Brasil ainda enfrenta dificuldades no abastecimento desses insumos, situação agravada durante a pandemia e, mais recentemente, pelo conflito em Israel.

“Estamos construindo o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), em Iperó, que vai produzir parte desses radiofármacos e permitir pesquisas.”

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Reservas de urânio e mercado internacional

O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo, mas apenas um terço do território nacional foi pesquisado. Segundo Cunha, se as demais áreas forem mapeadas, o país pode se tornar o principal detentor de jazidas do mineral. Além das reservas, o Brasil domina todo o ciclo de produção do combustível nuclear, o que poucos países conseguem.

“A gente vende muito ferro. Agora, podemos vender pastilhas de combustível para usinas nucleares do mundo todo. Isso está crescendo imensamente”, disse.

Aplicações na exportação de alimentos

A conservação de alimentos é outra área que, segundo Cunha, pode se beneficiar da tecnologia nuclear. Alimentos irradiados mantêm-se próprios para consumo por até cinco anos, sem prejuízo à saúde humana. Atualmente, cerca de 30% da produção destinada à exportação é perdida antes de chegar ao destino, devido à maturação precoce ou deterioração. Cunha defendeu o uso dessa tecnologia para conquistar novos mercados, especialmente no Oriente.

O Energy Summit ocorre em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e reúne mais de 10 mil pessoas e 3 mil empresas até quarta-feira (25). O evento antecede a COP 30, que será sediada em Belém, em novembro.

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