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Dólar fecha em alta e vai a R$ 5,55 com atrito em torno de IOF e eventual fluxo de saída
Publicado 25/06/2025 • 20:51 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 25/06/2025 • 20:51 | Atualizado há 2 meses
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Pixabay
O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (25) em alta, cotado a R$ 5,5551. A moeda americana valorizou-se 0,66%, alcançando seu maior valor desde o dia 10, quando fechou a R$ 5,5704. A elevação foi alimentada por um aumento na percepção de risco fiscal, decorrente de tensões entre o governo do presidente Lula e o Congresso, além dos fluxos de saída típicos de fim de semestre.
No exterior, o dólar perdeu força com a expectativa de uma desaceleração econômica nos Estados Unidos, enquanto o euro atingiu seu maior nível desde outubro de 2021. No Brasil, apesar de um breve recuo no início do pregão, o dólar operou em alta durante quase toda a sessão. As perdas acumuladas no mês, que chegaram a 3,5%, recuaram para 2,87%, enquanto no ano o dólar apresenta uma queda de 10,11% frente ao real, que tem se destacado entre as moedas latino-americanas.
Os ruídos políticos no Brasil intensificaram-se com o anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota (Republicanos-PB), que informou em uma rede social que iria pautar para votação um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revoga o decreto de aumento do IOF.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que, uma vez aprovado na Câmara, o PDL seria submetido à apreciação dos senadores. O governo se mostra pessimista em relação à capacidade de barrar a medida.
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, destacou que o real havia se valorizado significativamente devido à elevação da taxa Selic, que ampliou o diferencial de juros e atraiu capital estrangeiro. No entanto, agora, o real devolve parte desses ganhos à medida que as preocupações fiscais retornam à pauta. Segundo Velloni, o governo não demonstra disposição para cortar gastos, o que pode resultar em perda de receita adicional caso suas propostas sejam derrubadas no Congresso.
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Em entrevista à TV Record, na noite de terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o pacote fiscal do governo, composto por uma Medida Provisória e um decreto que recalibra o IOF. Haddad argumentou que as medidas promoveriam justiça social e afetariam apenas “os moradores da cobertura”. No entanto, suas declarações desagradaram as lideranças no Congresso, já insatisfeitas com as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, que têm dificultado o pagamento de emendas parlamentares.
O economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, comentou que, apesar do enfraquecimento global do dólar, o mercado brasileiro continua sensível ao cenário fiscal. Ele projeta que a taxa de câmbio pode atingir R$ 6,00 até o fim do ano. Padovani destacou que “a questão não é nem se o governo vai entregar as metas do arcabouço fiscal, mas que essas metas são insuficientes para ancorar as expectativas de estabilização da dívida pública”.
Além disso, a Fitch Ratings reafirmou a classificação de risco “BB” do Brasil, com perspectiva estável, apontando que a falta de consolidação fiscal e o aumento da relação dívida/PIB são os principais empecilhos para uma elevação da nota. A S&P Global Ratings e a Moody’s também mantiveram recentemente suas classificações para o Brasil, ambas com perspectivas estáveis, destacando a distância do país do selo de bom pagador.
O retorno dos ruídos políticos ocorre em um momento tecnicamente desfavorável ao real, com saídas de recursos típicas de fim de semestre e recomposição de posições defensivas no mercado de derivativos cambiais. Na semana passada, o fluxo cambial foi negativo em US$ 1,787 bilhão, devido à saída líquida de US$ 2,623 bilhões pelo canal financeiro. O Banco Central interveio, vendendo US$ 1 bilhão no mercado à vista e 20 mil contratos de swaps cambiais reversos, no intuito de diminuir a pressão sobre o cupom cambial, que reflete a taxa de juros em dólar no Brasil.
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