A Volvo anunciou nesta segunda-feira (14) que está registrando uma perda de US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6,68 bilhões, na cotação atual) devido às tarifas dos Estados Unidos e aos atrasos na produção que estão afetando seus dois últimos carros elétricos.
“Devido às tarifas de importação, a empresa atualmente não consegue vender o Volvo ES90 de forma lucrativa nos EUA, enquanto as margens do ES90 também estão sob pressão na Europa pelo mesmo motivo”, declarou a montadora em comunicado aos investidores.
Nos EUA, a Volvo enfrenta uma tarifa de importação de 25% anunciada pelo presidente Donald Trump em abril. A Volvo Cars — propriedade do grupo automotivo chinês Geely — planejava vender seu sedã de luxo ES90 nos Estados Unidos a partir do próximo ano, com um preço inicial em torno de US$ 75 mil (cerca de R$ 375 mil).
O modelo se juntaria ao SUV totalmente elétrico Volvo EX90, que começou a ser vendido este ano a partir de US$ 81 mil (R$ 417.750).
Contudo, a empresa afirmou que atrasos no lançamento do EX90 e custos adicionais de desenvolvimento, além das barreiras tarifárias para vender o ES90, significam que “reavaliamos as projeções de volume para esses dois carros” e será necessário assumir uma perda contábil não monetária.
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A perda contábil não monetária única de SEK 11,4 bilhões (moeda oficial da Suécia, o equivalente a US$ 1,2 bilhão) será registrada no segundo trimestre de 2025.
O diretor financeiro da montadora, Fredrik Hansson, disse que as tarifas e os atrasos na produção “resultaram em uma lucratividade ao longo do ciclo de vida menor do que o planejado”.
A Volvo fabrica carros em várias plantas ao redor do mundo, incluindo na Carolina do Sul, nos EUA, além da Suécia e da China. O CEO da empresa, Hakan Samuelsson, afirmou no início de abril que a Volvo aumentaria a produção de automóveis na fábrica dos EUA e provavelmente transferiria a fabricação do ES90 para lá.
No final de maio, a empresa anunciou que estava cortando 3.000 empregos, cerca de 15% de sua força de trabalho baseada em escritórios, quase metade deles na Suécia.
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