A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SSA) de São Paulo informou, na segunda-feira (14), o primeiro caso de gripe aviária em uma criação de subsistência no Estado — ou seja, uma criação de pequeno porte, voltada ao consumo próprio, sem fins comerciais.
Segundo a Defesa Agropecuária, o foco foi identificado em duas galinhas em uma propriedade particular próxima a Parelheiros, na região metropolitana. Em nota, as autoridades reforçam que não há risco à população e o consumo de carne de aves e ovos continua seguro.
O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (11) pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). No dia seguinte, equipes da Defesa Agropecuária sacrificaram outras dez aves que conviviam no local, como parte do protocolo.
“A atuação contou ainda com descarte apropriado das aves e desinfecção do local”, afirmou Paulo Blandino, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA).
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Apesar do registro, o caso não altera o status sanitário de São Paulo nem do Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a ocorrência se deu em uma criação de subsistência e não em produção comercial. Não há estabelecimentos avícolas comerciais na vizinhança da propriedade.
Na segunda-feira (14), a Defesa Agropecuária iniciou ações de vigilância ativa em um raio de 10 km ao redor da área afetada para identificar possíveis sinais clínicos em propriedades vizinhas.
Segundo caso: ave ornamental em condomínio
Também na sexta-feira (11), um segundo foco de IAAP foi confirmado em Sorocaba, em um peru que vivia dentro de um condomínio com cerca de 200 aves. O animal foi sacrificado junto de outras aves que tiveram contato direto.
Equipes da Defesa Agropecuária retornarão ao local na segunda-feira (14) para continuidade dos trabalhos de vigilância. A Secretaria Municipal de Saúde já iniciou ações de conscientização entre os moradores.
Entre os sinais clínicos associados à gripe aviária estão tremores, dificuldade respiratória, asas caídas, torção de cabeça, incoordenação e andar em círculos.
Monitoramento humano
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que nenhum caso da doença em humanos foi registrado até o momento em São Paulo.
A pasta acompanha a situação em parceria com as secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA) e de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Um Plano de Contingência já foi elaborado pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) para atuar no monitoramento de pacientes que eventualmente tenham tido contato com aves contaminadas.
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