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Alckmin cogita viajar aos EUA para intensificar negociações

Publicado 16/07/2025 • 21:06 | Atualizado há 17 horas

Julia Lindner

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tem experiência na cobertura de política e economia em Brasília desde 2016. Com passagens pelos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico.

KEY POINTS

De acordo com aliados do vice-presidente, a possibilidade está na mesa, mas o martelo não foi batido.
Alckmin tem conduzido as negociações com os americanos desde o início da guerra tarifária.

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, cogita viajar aos Estados Unidos para intensificar in loco as negociações contra a tarifa de 50% aos produtos brasileiros anunciada pelo presidente Donald Trump. De acordo com aliados do vice-presidente, a possibilidade está na mesa, mas o martelo não foi batido.

Alckmin tem conduzido as negociações com os americanos desde o início da guerra tarifária. Agora, ele também coordena um grupo de trabalho criado pelo governo para intensificar o diálogo especialmente com empresários.

Em paralelo, já está em andamento a organização de uma missão parlamentar aos EUA entre os dias 29 e 31 de julho para tratar das negociações.

Nesta quarta-feira (15), o vice-presidente afirmou que o governo brasileiro já está aguardando uma resposta do governo dos EUA sobre as tarifas impostas sobre o Brasil e que quer uma negociação "urgente" com o país.

Ele também assumiu a responsabilidade sobre o assunto das tarifas, se reunindo com diversos setores impactados nesta semana, afirmando que “Brasil vai defender sua soberania”.

Após uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), ele avaliou como inadequadas as exigências americanas.

Segundo ele, dos dez produtos mais exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, oito são isentos de imposto, com tarifa média de importação de 2,7%. Alckmin afirmou que a tarifa de 50% é medida injusta e que o governo vai trabalhar para revertê-la.

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