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Carro é o principal meio de transporte para o trabalho, diz Censo
Publicado 09/10/2025 • 19:32 | Atualizado há 5 dias
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Publicado 09/10/2025 • 19:32 | Atualizado há 5 dias
KEY POINTS
Imagem de carros.
Pixabay.
O carro é o principal meio de transporte utilizado pelos brasileiros para ir ao trabalho, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, 32% das pessoas que precisam se deslocar pelo menos três vezes por semana até o local de trabalho usam o automóvel, superando a proporção de 21,4% das que utilizam ônibus. Em terceiro lugar estão aquelas que se deslocam a pé, ao menos na maior parte do tempo, somando 17,8%.
O analista do IBGE Mauro Sérgio Pinheiro de Sousa avalia que “o censo traz justamente esse quadro amplo do Brasil, mostrando os gargalos e as dificuldades”. Segundo ele, o cenário reflete “nosso histórico, que privilegiou o automóvel em detrimento de outros meios de transporte”, mas também evidencia “as carências do transporte público, especialmente mais impactantes em grandes concentrações urbanas, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Brasília”.
Essas carências se refletem principalmente no tempo de deslocamento. Na média brasileira, a maior parte dos trabalhadores (57%) leva de seis minutos até meia hora para chegar ao local de trabalho, totalizando 40 milhões de pessoas. Mas essa proporção é menor no Sudeste (53%) e cai para cerca de 36% nas duas maiores cidades do país, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na outra ponta, 12,6% das pessoas levam mais de uma hora no trajeto, percentual que sobe para 27,9% em São Paulo e 29,8% no Rio de Janeiro.
A região metropolitana do Rio de Janeiro também se destaca no ponto mais extremo da escala — o dos trabalhadores que levam mais de duas horas para chegar ao trabalho. Onze cidades fluminenses aparecem na lista dos 20 municípios com mais de 100 mil habitantes que têm o maior percentual de trabalhadores que declararam esse tempo de deslocamento, incluindo as três primeiras posições.
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Em Queimados, a grande campeã, 12,5% dos trabalhadores demoram pelo menos duas horas no trajeto de casa até o trabalho. A proporção na capital fluminense foi de 5,6%, enquanto a média brasileira ficou em 1,8%.
O Censo também identificou relações entre o tempo de deslocamento e desigualdades sociais. Por exemplo, 16,4% das pessoas negras e 12,2% das indígenas levam pelo menos uma hora para chegar ao trabalho, enquanto entre as pessoas brancas a proporção é de 10,4%. Além disso, maiores rendimentos domiciliares per capita estão associados a menores tempos de deslocamento.
Essas diferenças também aparecem na análise dos meios de transporte. A proporção de pessoas que vão de automóvel para o trabalho alcança 42,9% entre as pessoas brancas, mais que o dobro da proporção declarada pelas pessoas pretas, que utilizam mais o ônibus (29%).
Entre os trabalhadores com ensino superior completo, 57,8% vão de carro para o trabalho, enquanto a proporção entre os que têm ensino médio completo é menos da metade (28,6%). Já o meio preferencial das pessoas sem instrução ou com ensino fundamental completo é ir a pé, com 25,6%.
Os analistas do IBGE também cruzaram os dados de tempo de trajeto e meio de transporte e identificaram que 70% das pessoas que usam ônibus como principal meio levam pelo menos meia hora no deslocamento. Já 52,2% dos usuários de trem ou metrô demoram uma hora ou mais para chegar ao trabalho.
Ainda de acordo com o Censo, em 2022, 88,4% dos brasileiros trabalhavam no mesmo município de residência — sendo 71,4% em outro local e 16,9% na própria casa ou propriedade. Por outro lado, 10,7% dos trabalhadores precisavam se deslocar para outro município para trabalhar, e 7,9 milhões dessas pessoas faziam esse percurso pelo menos três dias por semana.
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