CNBC

CNBC Nike: vendas caem 12%, mas gigante dos tênis diz que o pior da crise já passou

Economia Brasileira

Dólar cai 1,02% com valorização do real e expectativa de cortes de juros nos EUA

Publicado 26/06/2025 • 18:51 | Atualizado há 6 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O dólar caiu 1,02% (R$ 5,4986), impulsionado por expectativas de corte de juros do Fed e IPCA-15 abaixo do esperado (0,26% em junho), reforçando o real como moeda mais forte do dia entre as líquidas.
  • A derrubada do aumento do IOF pelo Congresso fragilizou Lula politicamente e elevou apostas em candidatura de direita em 2026, porém não pressionou o real — segundo analistas, devido ao cenário externo favorável e controle inflacionário doméstico.
  • Economistas projetam que a perda de receita do IOF "torna quase certa" a revisão da meta fiscal de 2026, embora o Secretário do Tesouro afirme haver 2-3 semanas para compensação e descarte alterações.
Notas de dólar

Notas de dólar

Pixabay

O dólar caiu 1,02% nesta quinta-feira (26), fechando a R$ 5,4986. Esse movimento foi acompanhado pela valorização do real, que apresentou o melhor desempenho entre as moedas mais líquidas do mundo. A expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve dos Estados Unidos e o resultado positivo do IPCA-15 de junho no Brasil contribuíram para esse cenário.

O Banco Central reforçou seu compromisso com a meta de inflação no Relatório de Política Monetária. Analistas destacam que as expectativas para a eleição presidencial de 2026 também influenciam a valorização do real. A decisão do Congresso de derrubar o aumento do IOF enfraqueceu a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), aumentando as chances de um candidato de direita, favorável a uma política fiscal mais austera.

Leia também

Tesouro: RLA, indicador que limita despesas no Orçamento, fecha maio em 6,35%

Percepção de risco fiscal está mais presente hoje do que no fim do governo Dilma, analisa Mansueto de Almeida

Galípolo: debates sobre fiscal acontecem com avanços e bloqueios, normal na democracia

Real lidera com juros e IPCA

O dólar à vista atingiu o menor fechamento desde 17 de junho. A moeda americana acumula uma queda de 0,48% na semana e 3,86% no mês, resultando em uma desvalorização de 11,03% no ano. No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, caiu ao menor nível em três anos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, está considerando antecipar a nomeação do próximo presidente do Federal Reserve, substituindo Jerome Powell. A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, destacou que o enfraquecimento global do dólar e as apostas de cortes de juros nos EUA influenciaram o câmbio. O IPCA-15 de junho, indicando um cenário inflacionário mais controlado, favoreceu o real.

“Isso acaba trazendo uma visão mais positiva para a economia, o que favorece a moeda. A instabilidade política com a derrubada do IOF, que tem um impacto fiscal importante, não abalou o real”, afirmou Quartaroli. O IPCA desacelerou de 0,36% em maio para 0,26% em junho, abaixo das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast.

Risco fiscal da derrubada do IOF foi ignorado pelo mercado

O Relatório de Política Monetária reforçou a mensagem do Comitê de Política Monetária, que elevou a taxa Selic de 14,75% para 15%. A decisão de revogar o aumento do IOF ainda não resultou em aumento dos prêmios de risco cambiais, apesar dos impactos negativos sobre a receita, que levantam dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais.

O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, acredita que a derrota do governo “torna quase certa a mudança” da meta fiscal de 2026. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Cerson, declarou que não vê intenção de alterar a meta fiscal de 2026. Ele afirmou que a equipe econômica tem de duas a três semanas para encontrar uma solução para compensar a questão do IOF.

Eleição de 2026 e meta fiscal no radar

O economista-chefe do Integral Group, Daniel Miraglia, afirma que parte do mercado já começa a operar de olho na eleição presidencial. Ele sugere que a derrubada do IOF indica que uma parte expressiva do Congresso começa a se afastar do governo Lula, cuja popularidade está em baixa, e a se posicionar para apoiar um candidato da oposição.

“Parte do mercado leu essa derrota do governo como um sinal de que Lula não vai vencer a reeleição. Ao mesmo tempo, o Congresso colocou o governo em uma sinuca de bico, recusando a agenda de aumento de impostos e forçando a um contingenciamento maior para cumprir as metas, o que é positivo”, afirmou Miraglia.

__

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Economia Brasileira