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Publicado 29/11/2024 • 15:33
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Gabriel Galípolo.
Foto: Pedro França/Agência Senado
O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (29) que, com a economia aquecida, a instituição “eventualmente” terá que apertar mais o freio, sinalizando assim juros mais altos.
“Eventualmente, será preciso pisar mais fundo no freio para evitar que a economia esquente a ponto de pressionar a inflação”, comentou Galípolo durante um almoço com banqueiros promovido pela Febraban.
Em seguida, após mencionar o mercado de trabalho apertado no Brasil, além da expectativa de menos cortes de juros nos Estados Unidos, o que favorece a alta do dólar, Galípolo disse que parece lógico imaginar que serão necessários juros mais altos por um período mais longo.
O diretor reiterou que terá liberdade de ação quando assumir a presidência do BC em janeiro e não se preocupa com possíveis críticas do governo que o indicou. “Não me preocupa receber críticas porque o arcabouço legal da política monetária está muito claro.O Banco Central não recebe ordens por entrevistas e posts em redes sociais”, afirmou Galípolo.
Ele destacou que a função do BC é perseguir a meta de inflação, ajustando a taxa de juros de forma restritiva pelo tempo necessário.
Como já havia mencionado na quinta-feira durante um jantar com empresários, Galípolo repetiu que seria estranho esperar aplausos no BC. “Se quer ser Miss Simpatia, não vá para o BC, essa não é a função de um banqueiro central”, declarou novamente, comparando sua posição com a dos jogadores de um time que chega à La Bombonera, estádio do Boca Juniors, na Argentina, para disputar a final da Libertadores. “Não vai ter flores”.
Durante o encontro com os banqueiros, Galípolo reforçou que toda a diretoria do BC está preocupada não apenas com a desancoragem das expectativas, mas também com a inflação atual.
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