Investidores em renda fixa crescem 20% e totalizam 100,2 milhões no Brasil em 2025, diz B3

O aumento expressivo do interesse em renda fixa se destacou entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, conforme dados do boletim trimestral de Pessoa Física divulgado pela B3. O setor registrou avanço de 20% no número de investidores, ultrapassando 100,2 milhões de CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas) e alcançando R$ 2,8 trilhões em valor sob custódia, um salto de 23% em relação ao ano anterior.

Quando observados os produtos de renda fixa, os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e RDBs (Recibo de Depósito Bancário) lideraram em popularidade, reunindo 99,1 milhões de investidores, resultado influenciado pela inclusão de contas remuneradas e aplicações automáticas. Outros produtos, como LCIs, LCAs e LCs (Letra de Crédito Imobiliário, Letra de Crédito do Agronegócio e Letra de Câmbio, respectivamente), somaram 4 milhões de investidores, enquanto a renda fixa corporativa, que abrange CRAs (Certificado de Recebimento do Agronegócio) , CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), debêntures, notas comerciais e Letras Hipotecárias, contou com 888,4 mil pessoas. Os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) tinham 630 mil CPFs cadastrados.

Expansão da renda variável e o perfil dos investidores

O segmento de renda variável também apresentou expansão, porém em ritmo menor, chegando a 5,4 milhões de investidores em 2025, aumento de 5% em um ano. O valor em custódia saltou de R$ 552,3 bilhões para R$ 588,3 bilhões, um acréscimo de 7%. A distribuição dos investimentos mostrou que 4 milhões de pessoas aplicam em ações à vista, 2,8 milhões em fundos imobiliários, 1 milhão em BDRs (Brazilian Depositary Receipt) , 548,7 mil em Fiagros e 638,3 mil em ETFs (Exchange Traded Funds).

No Tesouro Direto, o número de investidores atingiu 3 milhões, representando um crescimento de 14% frente aos 2,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, atingindo um recorde histórico. O montante sob custódia subiu 24%, de R$ 136,5 bilhões para R$ 169,9 bilhões, com mais de 70% desse valor concentrado nas modalidades Tesouro IPCA e Tesouro Selic.

Distribuição geográfica e perfis dos investidores

Geograficamente, a região Sudeste concentrou 1,8 milhão de investidores do Tesouro Direto, seguida pelo Sul (464,4 mil), Nordeste (421,9 mil), Centro-Oeste (233,1 mil) e Norte (114 mil). Os maiores aumentos percentuais nos últimos cinco anos foram registrados no Nordeste, com 97%, e no Norte, com 94% de crescimento.

O levantamento da B3 também detalhou os perfis dos investidores nos títulos Tesouro RendA+ e Educa+. O RendA+ chegou a 318,2 mil investidores, sendo 71% homens e 47% com idades entre 25 e 39 anos. Já o Educa+ contabilizou 159,3 mil investidores, com 64% de homens e predominância de pessoas entre 40 e 59 anos, que representam 41% do total.

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Chico Fireman

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