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No Brasil, uma em cada cinco garrafas de vodca é falsificada; adulteração matou três pessoas e causa prejuízo de R$ 85 bilhões por ano
Publicado 30/09/2025 • 10:12 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 30/09/2025 • 10:12 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Gadini/Pixabay
A contaminação de bebidas alcoólicas por metanol já provocou três mortes confirmadas na Grande São Paulo neste mês, além de outras dez internações sob investigação. O Instituto Médico Legal (IML) analisa se a substância foi a causa direta dos óbitos, enquanto a Polícia Civil e o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) investigam a origem dos produtos adulterados.
Dados da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) revelam que cerca de 36% das bebidas comercializadas no Brasil são falsificadas, adulteradas ou contrabandeadas. Apenas no estado de São Paulo, o mercado ilegal gera prejuízos estimados em R$ 23 bilhões, chegando a R$ 85,2 bilhões em todo o país.
O levantamento da entidade mostra ainda que uma em cada cinco garrafas de vodca vendidas no Brasil é falsificada. Vinhos e destilados estão entre os produtos mais afetados.
Para diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, os números demonstram que “há um grande esquema de adulteração em larga escala em território nacional”. E, se antes a preocupação era apenas com as fraudes tributárias, “agora, o risco à saúde é o mais alarmante.”
A Fhoresp, que representa 500 mil empresas do setor em São Paulo, afirma que a maioria dos bares e restaurantes trabalha corretamente e também é vítima da rede criminosa. No entanto, há casos de conivência de estabelecimentos que compram de fornecedores clandestinos.
“A prática, que antes deixava apenas rastro de sonegação fiscal, agora coloca vidas em risco”, lamenta Pinto.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP) também reforçou o alerta. Para o diretor Gabriel Pinheiro, a falsificação ameaça não apenas a saúde, mas também a credibilidade do setor:
“Estamos diante de uma questão de saúde pública. Além de provocar intoxicações graves, bebidas adulteradas destroem a confiança do consumidor e afetam bares e restaurantes que trabalham dentro da lei.”
A entidade recomenda que os estabelecimentos comprem apenas de distribuidores reconhecidos, exijam nota fiscal e inutilizem as garrafas após o uso, para evitar reaproveitamento por falsificadores.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol (CH₃OH) é um álcool líquido à temperatura ambiente, usado principalmente como insumo na indústria química, em adesivos, solventes e revestimentos. Embora útil em processos industriais, é altamente tóxico para o consumo humano.
A ingestão pode causar visão turva, dor abdominal, náusea, tontura, convulsões e até coma. Em casos graves, provoca cegueira irreversível, danos cerebrais e hepáticos, ou morte.
“Pessoas estão sofrendo com sequelas gravíssimas. É preciso que o Estado e demais órgãos de fiscalização tenham um controle maior sobre a distribuição das bebidas, a fim de assegurar aos consumidores e aos estabelecimentos a procedência dos produtos”, alerta Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.
Os casos lembram episódios registrados em São Paulo nos anos 90. Em dezembro de 1992, quatro pessoas morreram e cerca de 160 apresentaram sintomas de intoxicação após consumir bebidas adulteradas com metanol em uma danceteria de Diadema. À época, o Instituto Adolfo Lutz confirmou a presença da substância em uma mistura conhecida como “bombeirinho”, feita com vodca e groselha.
As consequências foram semelhantes às de hoje: dezenas de pessoas com náusea, dores de cabeça e problemas de visão. Muitas precisaram ser internadas, algumas ficaram com sequelas permanentes, e outras não resistiram.
Especialistas reforçam que o consumidor deve estar atento a preços muito abaixo do mercado e a sinais de adulteração. Sintomas como visão embaçada, dor de cabeça intensa ou rebaixamento do nível de consciência após a ingestão de álcool devem servir de alerta imediato para possível intoxicação por metanol.
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