Produção industrial cai 0,3% em dezembro e cresce 3,1% em 2024, diz IBGE
Publicado qua, 05 fev 2025 • 11:41 AM GMT-0300 | Atualizado há 8 dias
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Publicado qua, 05 fev 2025 • 11:41 AM GMT-0300 | Atualizado há 8 dias
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Indústria de blocos de construção
Agência Brasil
A produção industrial do Brasil registrou queda de 0,3% em dezembro de 2024, marcando o terceiro mês consecutivo de retração. Apesar da desaceleração no fim do ano, o setor fechou 2024 com alta de 3,1%, após desempenho praticamente estável em 2023, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em entrevista ao jornal ‘Real Time‘, Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, explicou que a queda em dezembro tem uma característica do próprio mês. “O último trimestre móvel do ano é normalmente um pouco mais fraco”, disse o especialista.
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Segundo Mariano, a atividade industrial no Brasil teve um ano de retomada em 2024, com crescimento em praticamente todas as cadeias do setor. “Enquanto 2023 ainda mostrava apenas um esboço de recuperação, com restrições macroeconômicas, o ano seguinte marcou uma recuperação mais consistente”, disse.
“Apesar do cenário positivo, ainda há incertezas, especialmente em relação à dinâmica da taxa de juros, que pode influenciar o desempenho do setor nos próximos meses”, concluiu Mariano.
Já o desempenho negativo de dezembro foi influenciado pela queda na produção em três das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 25 segmentos industriais analisados.
Os setores com as maiores retrações foram máquinas e equipamentos (-3,0%), produtos de borracha e material plástico (-2,5%) e metalurgia (-1,5%). Além disso, houve recuos em produtos químicos (-0,8%), veículos automotores (-0,8%) e artefatos de couro e calçados (-3,4%).
Por outro lado, entre os setores que registraram crescimento em dezembro, indústrias extrativas (+0,8%) e bebidas (+3,2%) tiveram os principais impactos positivos. O segmento de bebidas, por exemplo, interrompeu uma sequência de quatro meses de queda, período em que acumulou retração de 8,2%.