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Exclusivo: para Padilha, evidências apontam para organização criminosa no Palácio do Planalto

Publicado 14/12/2024 • 19:14

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O ministro Alexandre Padilha afirmou que há evidências que mostram que uma organização criminosa no governo planejou crimes contra a democracia, incluindo o assassinato de líderes eleitos e ministros do STF.
  • No sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Braga Netto, acusado de tentar obstruir a Justiça, e investiga o uso de dinheiro entregue em uma sacola de vinho no Palácio do Planalto.
  • Padilha destacou a autonomia da PF e a necessidade de responsabilizar os envolvidos no financiamento e execução de atos golpistas.

Há evidências de que havia uma “verdadeira organização criminosa no governo que executou, planejou vários crimes contra a democracia e contra a vida –planejamento de assassinar presidente eleito, assassinar o vice-presidente, assassinar ministro da Suprema Corte”, afirmou neste sábado (14) o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Times Brasil, Padilha afirmou que mais um passo foi dado pela Justiça para investigar e punir “os responsáveis por financiar, planejar e executar crimes”.

Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Procuradoria-Geral da República, o general tentou obstruir a Justiça.

Durante a entrevista, Padilha afirmou que a PF está trabalhando com autonomia. “Nós não vimos nenhum espetáculo feito pela PF na prisão”, disse ele.

Ao ser questionado sobre declarações de bolsonaristas, como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que disse que houve um atropelo da Justiça, Padilha afirmou que “vai ficando claro por que alguns passaram o pano para os episódios do 8 de janeiro”.

Dinheiro em sacola de vinho

Segundo a PF, Mauro Cid afirmou em seu depoimento que Braga Netto entregou uma sacola de vinho com dinheiro a um tenente-coronel dentro do Palácio do Planalto.

O ministro das Relações Institucionais também afirmou que a investigação “vai descobrir para onde ia esse dinheiro, como chegava aos acampamentos, se tinham outras manifestações para dar apoio”.

Por fim, ao falar sobre a relação do governo com o Exército, Padilha afirmou que o diagnóstico é que “dentro das Forças Armadas, como outras instituições civis, do Executivo, do Judiciário, do Legislativo, da imprensa, tinham sujeitos que foram contaminados por esse movimento de ódio e de planejamento golpista e crimes contra a vida”.

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