Imposto de Renda tem nova tabela em vigor; entenda o que muda

Publicado 03/05/2025 • 07:46 | Atualizado há 3 semanas

KEY POINTS

A medida cumpre promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atualiza a tabela do IR pelo segundo ano consecutivo.
Assim como em 2023, apenas as duas primeiras faixas da tabela foram modificadas. Os demais valores seguem congelados desde 2015.
Quem ultrapassar os R$ 3.036 mensais passará a pagar imposto conforme as faixa.

Um projeto de lei mais amplo, que propõe isenção para quem ganha até R$ 5 mil, foi enviado pelo governo ao Congresso

Pixabay

Entrou em vigor na última quinta-feira (1º) a nova faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que agora beneficia quem recebe até R$ 3.036 por mês, o equivalente a dois salários mínimos atualizados.

A medida cumpre promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atualiza a tabela do IR pelo segundo ano consecutivo. A mudança será sentida pelos contribuintes apenas em 2026, quando forem feitas as declarações referentes aos rendimentos deste ano.

Assim como em 2023, apenas as duas primeiras faixas da tabela foram modificadas. Os demais valores seguem congelados desde 2015:

Base de cálculo (R$) Alíquota (%)

Até 2.428,80 0
De 2.428,81 até 2.826,65 7,5
De 2.826,66 até 3.751,05 15
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5
Acima de 4.664,68 27,5

Quem ultrapassar os R$ 3.036 mensais passará a pagar imposto conforme as faixas.

Um projeto de lei mais amplo, que propõe isenção para quem ganha até R$ 5 mil, foi enviado pelo governo ao Congresso em março e ainda aguarda análise. O texto prevê compensações fiscais, como uma nova cobrança sobre rendas acima de R$ 600 mil anuais. Se aprovado, pode entrar em vigor já em 2026.

Salário mínimo

O salário mínimo foi reajustado para R$ 1.518 em janeiro, acima da inflação acumulada até novembro de 2024. A nova regra de cálculo considera o INPC e o crescimento do PIB, com limite de 2,5% de ganho real. Segundo o Dieese, cerca de 59 milhões de brasileiros têm rendimentos atrelados ao mínimo.

A Medida Provisória que atualizou a faixa de isenção só foi publicada em abril, após a sanção do Orçamento de 2025. O atraso ocorreu por conta da negociação entre os Três Poderes para garantir mais transparência às emendas parlamentares.

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