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Dólar tem 8º pregão consecutivo de queda com fluxo externo e fecha a R$ 5,63
Publicado 29/04/2025 • 18:36 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 29/04/2025 • 18:36 | Atualizado há 5 meses
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Imagem de jcomp no Freepik
Imagem de jcomp no Freepik
O dólar emendou nesta terça-feira (29) o oitavo pregão consecutivo de queda no mercado local e fechou abaixo da linha de R$ 5,65, apesar do sinal predominante de alta da moeda norte-americana no exterior e da desvalorização de mais de 2% das cotações do petróleo. Operadores e analistas voltaram a relatar entrada de fluxo estrangeiro tanto para a bolsa doméstica quanto para a renda fixa, além da internalização de recursos por exportadores.
A leitura é a de queda o real se beneficia da rotação global de carteiras desencadeado pela piora das perspectivas para a economia dos EUA diante do aumento de incertezas com o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Investidores reduzem posições em ativos americanos para buscar retorno em outros mercados.
O Brasil é atraente porque tem um mercado acionário muito descontado e taxa de juros elevada e em ascensão, dada a expectativa de que o Banco Central promova pelo menos mais uma elevação da Selic em 7 de maio. Isso aumenta a atratividade do carry trade e desencoraja carregamento de posições compradas na moeda norte-americana.
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Com mínima a R$ 5,6210, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,6306.
A divisa já acumula desvalorização de 4,40% nos últimos oito pregões, vindo do nível de R$ 5,80 para a casa de R$ 5,63. Em abril, o dólar cai 1,31%, o que leva as perdas do ano a 8,89%.
“Não tem nenhum gatilho específico para a queda do dólar, mas tem fluxo para a bolsa e a renda fixa. O Brasil é relativamente menos afetado pelas tarifas. E com juro de 14% e juro real de 9%, vai atrair investimento de curto prazo”, afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt. “A incerteza é tão grande nos países desenvolvidos e na China que os investidores parecem querer diversificar inclusive em emergentes”.
Segundo dados da B3, houve entrada líquida de R$ 7,6 bilhões de investidores estrangeiros na bolsa doméstica entre os pregões dos dias 17 e 25 de abril. Apesar dessa recuperação nos últimos dias, que coincide com o movimento de apreciação do real, o saldo no mês em abril ainda é negativo em R$ 3,363 bilhões. No ano, é positivo em R$ 7,379 bilhões.
O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirma que, além de fluxo de estrangeiros para ativos locais, há um movimento de fechamento de contratos de câmbio por exportadores em razão de temores de que há uma apreciação adicional do real.
“Não tenho visto reclamações de baixa liquidez no mercado, o que sugere que estão sobrando dólares ultimamente”, afirma Galhardo, para quem há ainda um suporte forte para a taxa de câmbio em R$ 5,62. “Quando se aproxima desse nível, aparecem compradores”.
Lá fora, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – exibiu leve alta nesta terça e voltou a superar a linha dos 99,300 pontos na máxima, mas ainda acumula queda de mais de 4% em abril e perdas superiores a 8% em 2025. Em relação a pares do real, o dólar caiu em relação ao peso colombiano, ficou praticamente no zero a zero ante o peso mexicano, mas subiu na comparação com o peso chileno e o rand sul-africano.
Entre os indicadores do dia, o relatório Jolts mostrou que a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu para 7,192 milhões em março, abaixo das expectativas dos analistas, que previam criação de 7,48 milhões de vagas. Houve revisão para baixa do número de fevereiro (7,568 milhões para 7,480 milhões). O índice de confiança do consumidor americano caiu de 92,9 em março para 86 em abril, além do esperado pelos analistas (88).
A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, afirma que os indicadores sugerem perda de tração da economia americana e podem abrir a porta para uma queda de juros nos EUA em breve, o que tende a favorecer divisas emergentes. Para o encontro de política monetária do Federal Reserve na semana que vem a aposta majoritária é de manutenção.
“Tivemos também um maior apetite ao risco, que está muito relacionado ao fato de Trump ter sinalizado que vai afrouxar tarifas de importação para a indústria automotiva. Isso pode ter ajudado na apreciação do real”, afirma Quartaroli.
Trump assinou nesta terça à tarde ordem executiva que concede alívio a montadoras que fabricam veículos no país em relação a parte da nova tarifa de 25% sobre automóveis. Ele também afirmou que mantém “ótimas conversas com a Índia” para um acordo comercial e que está em negociação com a Austrália.
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