A aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) é uma “solução de mercado”, afirmou David Andrade Silva, especialista em direito societário e tributário, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Apesar disso, a operação depende da aprovação de duas instâncias regulatórias importantes: o Banco Central e o CADE. “Ainda há um grau de incerteza e indefinição”, afirmou o especialista, ressaltando que o processo ainda está em aberto.
Sobre o Banco Master, David explicou que a aquisição pode ser uma solução para resolver problemas financeiros do banco. “O Banco Master tinha um custo de captação muito alto e dependia fortemente de precatórios e dívidas estressadas. Isso acabou gerando uma exposição que chamou a atenção do mercado”.
O especialista também falou sobre a estratégia do BRB ao adquirir o Banco Master. “O BRB está entrando em mercados onde ele tem pouca presença, como o digital e o atendimento à classe C. A aquisição faz muito sentido para ele, já que não tem expertise digital e não seria simples criar essa capacidade internamente”.
Para David, essa operação representa uma forma de “expandir rapidamente a atuação” em áreas em que o BRB tem pouca atuação.
Em relação às tendências no setor bancário, a consolidação de operações é “indispensável” para os bancos tradicionais. “A concorrência das fintechs está forçando os bancos tradicionais a se adaptarem. Ou eles criam plataformas próprias ou compram entidades que já têm experiência digital”, ele afirmou.
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