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Moraes retira sigilo e envia à PGR relatório da PF sobre tentativa de golpe

Publicado ter, 26 nov 2024 • 1:24 PM GMT-0300 | Atualizado há 79 dias

Eduardo Gayer, do Times Brasil, em Brasília

KEY POINTS

  • O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do relatório final da Polícia Federal que na semana passada indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suposta tentativa de dar um golpe de Estado no País.
  • O documento indicia 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes também enviou o texto, de quase 900 páginas, para análise da Procuradoria-Geral da República.
  • A tendência é que o Ministério Público analise o material até meados de fevereiro de 2025, antes de oferecer ou não denúncia contra os indicados.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do relatório final da Polícia Federal que na semana passada indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suposta tentativa de dar um golpe de Estado no País.

Moraes também enviou o texto, de quase 900 páginas, para análise da Procuradoria-Geral da República. A tendência é que o Ministério Público analise o material até meados de fevereiro de 2025, antes de oferecer ou não denúncia contra os indicados.

Após dois anos de investigações, a PF indiciou Bolsonaro e aliados, incluindo militares, por três crimes: tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Envolvimento de Bolsonaro

No documento afirma-se que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha total atuação no planejamento do golpe.

De acordo com relatório, a investigação mostra que Bolsonaro atuou, planejou e tinha envolvimento direto com os atos executórios do plano.

Veja imagem de parte do documento:

Documento enviado à PGR

Segundo o ministro, não há mais necessidade de manter o caso sob segredo, tampouco das investigações conexas.

“No caso da investigação em curso, embora a necessidade de cumprimento das inúmeras diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo, onde são realizadas as medidas investigativas, é certo que, diante da apresentação do relatório final e do cumprimento das medidas requeridas pela autoridade policial, não há necessidade de manutenção da restrição de publicidade”, anotou.

O ministro ainda determinou que seja concedido acesso ao autos às defesas de investigados. A delação do tenente-coronel Mauro Cid segue sob sigilo.

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