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Morre o sambista Arlindo Cruz aos 66 anos
Publicado 08/08/2025 • 15:31 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 08/08/2025 • 15:31 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Foto: Silvio Tanaka/Wikimedia Commons
Morreu nesta sexta-feira (8) aos 66 anos, o cantor e compositor Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas brasileiros. A informação foi confirmada pela família do artista. O músico estava internado no CTI da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, por conta de uma pneumonia.
O cantor teve um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017 e, desde então, passou a enfrentar diversos problemas de saúde.
Arlindo Cruz começou a carreira como compositor, com músicas gravadas por nomes importantes do samba, Alcione, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, entre outros. Depois, Cruz substituiu Jorge Aragão no grupo Fundo de Quintal, onde ficou por mais uma década. Entre seus principais sucessos estão “Bagaço da Laranja” e “O Show Tem Que Continuar”.
Sua trajetória começou nas rodas de samba do tradicional Cacique de Ramos. Nos anos 1980, ingressou no grupo Fundo de Quintal, com o qual consolidou seu nome como um dos pilares do gênero. Em 1993, partiu para a carreira solo, lançando álbuns e DVDs que se tornaram referência.
Também se destacou como compositor de sambas-enredo vencedores para escolas como Império Serrano, Vila Isabel e Grande Rio.
Em 2017, Arlindo sofreu um AVC que o afastou dos palcos, iniciando um longo período de cuidados médicos. Em 2023, sua trajetória foi homenageada pela escola Império Serrano, que levou sua história como enredo para a Marquês de Sapucaí.
Arlindo Cruz recebeu mais de 26 prêmios em sua carreira, incluindo o Prêmio da Música Brasileira de Melhor Cantor de Samba em 2015 e múltiplas indicações ao Grammy Latino. Também foi o autor de 19 sambas-enredo vitoriosos.
A música sempre foi parte da família: seu pai, Arlindão, foi quem lhe deu o primeiro cavaquinho; seu filho, Arlindinho, também é cantor e compositor; e sua filha, Flora Cruz, tem forte ligação com o universo do samba.
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