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Com 63 vetos, Lula redefine PL do Licenciamento Ambiental e propõe novo projeto com urgência
Publicado 08/08/2025 • 13:43 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 08/08/2025 • 13:43 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O governo federal vetou 63 trechos do Projeto de Lei nº 2.159/2021, que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi embasada por pareceres técnicos e jurídicos e teve como principais diretrizes a defesa do meio ambiente, a garantia de segurança jurídica para empreendedores, a preservação de direitos de comunidades tradicionais e o fortalecimento da governança ambiental nacional.
Com o veto, o Executivo barrou pontos que poderiam fragilizar o processo de licenciamento, como a possibilidade de empreendimentos de médio impacto utilizarem a chamada Licença por Adesão e Compromisso (LAC) — modelo autodeclaratório mais simples —, o que poderia permitir, por exemplo, que barragens de rejeito fossem licenciadas sem uma análise técnica detalhada. O governo reforça que a LAC só poderá ser usada em casos de baixo potencial poluidor, com critérios técnicos unificados em todo o país.
Outro ponto sensível vetado foi a tentativa de permitir que cada estado definisse suas próprias regras de licenciamento, como critérios, tipologias e porte dos empreendimentos. Para o governo, isso criaria concorrência regulatória entre os entes federativos, incentivando uma flexibilização ambiental para atrair investimentos — prática considerada arriscada e prejudicial à proteção ambiental. O veto assegura padronização nacional, evitando disputas judiciais e trazendo previsibilidade regulatória.
A decisão também protege a Mata Atlântica, ao vetar trecho que removeria o regime especial de proteção desse bioma, já reduzido a cerca de 24% de sua vegetação nativa. Além disso, foram mantidas as exigências de consulta a povos indígenas e comunidades quilombolas, mesmo nos casos em que os territórios ainda estejam em fase de regularização, respeitando a Constituição e prevenindo conflitos.
Outro veto importante diz respeito à dispensa de licenciamento para propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda não analisado. O governo manteve a exigência de análise prévia, assegurando que só proprietários com CAR validado possam ser isentos do processo — uma medida que fortalece o controle ambiental e evita brechas.
A fim de evitar insegurança jurídica e garantir a continuidade dos avanços, o presidente Lula assinou uma Medida Provisória que antecipa a aplicação da Licença Ambiental Especial (LAE). Criada pelo PL aprovado, a LAE só entraria em vigor após seis meses. Com a MP, o mecanismo passa a valer de imediato para atividades estratégicas e com dedicação prioritária por parte dos órgãos ambientais. No entanto, o governo vetou o chamado modelo monofásico (emissão simultânea de todas as licenças), por entender que ele anteciparia custos elevados aos empreendedores e comprometeria a avaliação da viabilidade ambiental inicial.
Ainda no campo financeiro, o Executivo vetou dispositivo que retirava a responsabilidade de instituições financeiras sobre os danos ambientais causados por projetos que financiam. O novo projeto do governo exigirá que o licenciamento ambiental esteja regularizado antes da concessão de crédito, fortalecendo o papel do setor financeiro na prevenção de impactos negativos.
Entre os avanços preservados do projeto aprovado pelo Congresso, estão:
Para dar continuidade ao processo legislativo e aproveitar o esforço do Congresso em unificar normas até então dispersas, o governo enviará um novo projeto de lei com urgência constitucional. O texto trará redações ajustadas e alinhadas à Política Nacional de Meio Ambiente, buscando equilíbrio entre desburocratização, proteção ambiental e segurança jurídica.
O governo defende que o novo marco do licenciamento deve modernizar o sistema sem abrir mão de salvaguardas essenciais, garantindo clareza normativa, previsibilidade para o setor produtivo e respeito à Constituição. Com os vetos e a nova proposta, o Executivo busca dar um passo firme para conciliar prosperidade econômica com responsabilidade socioambiental.
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