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Tarifinha: real pode se valorizar após recuo de Trump, dizem analistas

Publicado 24/11/2025 • 21:29 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Analistas afirmaram que a retirada das tarifas de até 40% pelos EUA deve gerar reação positiva do mercado, reduzindo incertezas para o agronegócio e favorecendo ativos ligados às exportações; ainda assim, o risco-Brasil continua dependente do quadro fiscal e dos juros globais.
  • Economistas apontaram possível valorização do real devido ao impacto na balança comercial; a moeda chegou a R$ 5,39 nesta segunda, com leve queda de 0,11%; projeções do Focus foram mantidas em R$ 5,40 (2025) e R$ 5,50 (2026).
  • Segundo analistas, a retirada das tarifas pode liberar exportações represadas e melhorar o fluxo comercial no curto prazo, reforçando a competitividade brasileira nos EUA e dando suporte às contas externas no médio prazo.
Dinheiro

José Cruz/Agência Brasil

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Para analistas, o mercado deve responder de forma positiva à redução das tarifas de até 40% nos produtos exportados para os Estados Unidos.

“O mercado interpreta a decisão de Trump como um gesto claro de distensão comercial. A retirada das tarifas elimina uma fonte relevante de incerteza para o agronegócio e reduz o risco bilateral nas relações Brasil–EUA”, diz David Martins, sócio-diretor da Brazil Wealth.

Por isso, a perspectiva é de melhora para ativos ligados às exportações. Ainda assim, o risco-Brasil como classe de ativo continua muito mais dependente da situação fiscal doméstica e da trajetória dos juros globais. “Ou seja, ajuda, mas não muda sozinho o quadro estrutural”, acrescenta Martins.

Com relação ao câmbio, há perspectiva de apreciação do real por conta do favorecimento ao Brasil na balança comercial em relação aos últimos meses. “ Isso potencialmente exerceria uma pressão de valorização da moeda”, diz Andrea Damico, economista-chefe da Buysidebrazil.

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Para o economista André Perfeito, o recuo de Trump é “uma vitória impressionante da diplomacia brasileira” e “uma excelente notícia, que reforça um “setor externo mais robusto”.

“Muito provavelmente o real pode se apreciar na esteira dessa notícia e o câmbio romper (para baixo) o patamar dos R$ 5,30”, avalia Perfeito. Nesta segunda, com os negócios voltando à normalidade após o feriado prolongado, a resposta do mercado foi de leve valorização da moeda brasileira, com o dólar cotado a R$ 5,39, queda de 0,11%.

Para Martins, a decisão de Trump favorece um real mais forte na margem, porque melhora o fluxo comercial e reduz um ruído que pesava sobre setores exportadores. Mas há limitadores. “O câmbio ainda é guiado majoritariamente pelo fiscal, pelo cenário externo e pelos juros nos EUA”.

Quanto ao Focus, o impacto, na visão do sócio da Brazil Wealth “deve ser limitado”. Para ele, “pode haver algum ajuste fino nas expectativas, mas não é uma mudança grande o suficiente para alterar as projeções de forma estrutural para 2025 e 2026”, diz. Isso foi visto de fato no Focus desta segunda, quando as projeções para o dólar foram mantidas em R$ 5,40 (2025) e R$ 5,50 (2026).

O mercado tem sido prudente na projeção para o sempre desafiador câmbio. Mesmo com as quedas do dólar para baixo dos R$ 5,30 no momento de maior força do real, a reação vista no Focus foi lenta e limitada. Agora, projeções e realidade se encontraram nos R$ 5,40. Mas ainda resta um caminho até o final do ano, que pode mudar tudo.

Para Martins, o real ainda tem potencial para surpreender positivamente.
“Parte das exportações estava represada por causa das tarifas, e a retirada pode gerar um impacto imediato positivo no curto prazo”, avalia.

“No médio prazo, o Brasil volta a competir com mais força nos EUA em produtos em que já é altamente competitivo. Isso tende a reforçar o saldo comercial e dar um suporte adicional às contas externas em 2026. Não é um fator transformador, mas é claramente um vento favorável”, arremata.

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