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Ícones dos anos 1990 apelam ao apego emocional tentam voltar aos holofotes

Publicado 31/05/2025 • 09:30 | Atualizado há 3 semanas

Michaele Gasparini

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Semanalmente, Michaele Gasparini destrincha um dos principais temas da indústria de mídia na semana. Nada passa despercebido ao olhar da colunista: tudo o que movimenta o mercado e rende milhões de dólares em publicidade nas emissoras de televisão e nas plataformas de streaming estará aqui.

KEY POINTS

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No primeiro texto da coluna Fábrica de Mídia, publicado há uma semana, falamos sobre a movimentação da fabricante de brinquedos Hasbro para aumentar a lucratividade da franquia Peppa Pig, que começou a apresentar sinais de cansaço depois de mais de duas décadas de alta lucratividade. A reinvenção de grandes ícones e marcas, porém, não é uma exclusividade apenas dos anos 2000: até mesmo quem fez sucesso no final do século passado está tentando se reinventar apelando para o apego emocional.

Se você foi adolescente nos anos 1990, é improvável que você nunca tenha assistido a um episódio do seriado Kenan & Kel, produzido com grande êxito pela Nickelodeon americana entre 1996 e 2000. No Brasil, a série fez tanto sucesso que acabou fazendo parte da programação regular de três das maiores emissoras de televisão aberta – Globo, SBT e Band transmitiram episódios da trama ao longo das últimas décadas – e rendeu até mesmo a criação de um canal 24 horas da história na plataforma Pluto TV (por sinal, sabia que você também pode encontrar a Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC) por lá?).

Uma das figuras mais icônicas da série era o personagem principal Kel Kimble, interpretado por Kel Mitchell, um adolescente viciado em refrigerante de laranja. O amor dele pela bebida foi retratado em diversos episódios da série, se transformando em uma piada recorrente na trama. E agora, 25 anos depois do encerramento de Kenan & Kel, Mitchell quer transformar a brincadeira em uma nova fonte de renda: ainda muito lembrado por conta de seu personagem, o ator lançará a sua própria marca de refrigerantes de laranja para rivalizar com gigantes do setor, como as mundialmente conhecidas Fanta e Crush.

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O anúncio foi feito pelo artista na última semana, durante uma das muitas comic con realizadas nos Estados Unidos. Ciente do desafio que é se impor em um mercado tão competitivo, Kel Mitchell acredita que ressignificar o vício de seu personagem na ficção pode contribuir até mesmo com a saúde dos americanos.

Ele garante que a sua linha de refrigerantes de laranja será muito mais saudável que as adversárias. “Eu estava falando com meu advogado porque... Tem que ser saudável. Não posso ter crianças aqui só bebendo frutose e açúcar, entende? Então, estamos trabalhando nisso”, alfinetou ele em entrevista para a revista People.

Mitchell não é o único ícone dos anos 1990 que está tentando ressignificar sua história para conseguir ser cool também para as novas gerações. Símbolo máximo da Walt Disney e outrora sinônimo de bilheterias altíssimas e de licenciamentos milionários, Mickey Mouse também está passando por um processo de reinvenção em todo o mundo: para tornar o mascote icônico da marca em algo mais atrativo para os jovens, a Disney decidiu investir em uma campanha mundial para aproximar o rato de quem tem menos de 30 anos.

O Brasil, por sinal, foi o segundo alvo da nova iniciativa da Disney. Na última semana, o Rio de Janeiro recebeu o segundo evento mundial de House of Mouse, festa realizada apenas para influenciadores e membros da alta sociedade, justamente com o intuito de tornar

Mickey e seus amigos figuras mais agradáveis para os jovens. Os personagens figuraram ao lado de bebidas alcoólicas, pistas de dança e até mesmo protagonizaram uma batalha musical com o famoso DJ Pedro Sampaio, algo impensável até pouco tempo atrás. E toda essa movimentação, é claro, tem um motivo ainda mais explícito: a festa também foi o marco do lançamento de uma nova linha de produtos licenciados, pensando justamente no jovem que cresceu assistindo aos desenhos feitos pela empresa.

Os grandes ícones dos anos 1990 estão cada vez mais interessados em conquistar atenção – e o dinheiro – de quem os assistia há décadas. E isso não se restringe aos Estados Unidos: até mesmo a Globo, maior rede de televisão aberta do país, está flertando cada vez mais com a nostalgia. Depois de produzir remakes de novelas, a rede anunciou que produzirá uma nova versão do seriado de sucesso Carga Pesada, mas dessa vez com protagonismo feminino, justamente para agradar aos saudosistas e as novas gerações, que cobram cada vez por igualdade em todos os setores.

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