Brasil lança o primeiro ETF do mundo com exposição direta ao XRP

O mercado financeiro brasileiro foi destaque com o lançamento do primeiro ETF (Exchange-Traded Fund) do mundo com exposição direta ao criptoativo XRP, desenvolvido pela Hashdex. A aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) representa um marco na integração entre os criptoativos e o mercado financeiro tradicional. O lançamento do ETF XRPH11 proporciona aos investidores brasileiros acesso regulamentado ao token XRP, um ativo que visa facilitar os pagamentos instantâneos para instituições financeiras.

Samir Kerbage, CIO da Hashdex, comentou sobre o impacto do lançamento em entrevista ao vivo no Money Times. Ele explicou que a empresa tem como objetivo criar uma ponte entre o mercado financeiro tradicional e os criptoativos, com presença significativa no Brasil e no exterior. A Hashdex já havia lançado outros ETFs, como o HES11 em 2021, e agora aposta no XRP, um dos tokens mais relevantes do mercado. “Esse ETF investe no criptoativo XRP, um token de pagamentos que é relevante em termos de capitalização de mercado. Ele representa mais um passo para aproximar os criptoativos dos investidores institucionais de forma segura e regulamentada”, afirmou Kerbage.

O CIO também falou sobre a relevância do XRP, que, embora já existisse há mais de dez anos, enfrentou dificuldades regulatórias nos Estados Unidos, culminando em um processo judicial com a Ripple Labs, sua principal mantenedora. De acordo com Kerbage, após uma mudança na postura regulatória dos Estados Unidos, houve um aumento na demanda pelo XRP. “A clareza regulatória nos Estados Unidos favorece a adoção do XRP. O ativo tem uma demanda crescente e perspectivas interessantes se a Ripple cumprir o que se propõe”, afirmou.

Ele explicou que o XRP foi escolhido para esse ETF devido ao seu potencial no mercado de pagamentos financeiros. Ao ser questionado sobre as diferenças em relação aos ETFs de Bitcoin e Ethereum, Kerbage explicou que o XRP se distingue pelo foco em criar uma rede de pagamentos para instituições financeiras, um objetivo que ganhou novo fôlego após a mudança no cenário regulatório norte-americano.

A aprovação do ETF pelo regulador brasileiro também foi um ponto importante na entrevista. Kerbage destacou que a experiência do Brasil pode ser um exemplo para outros países. “A aprovação aqui é um passo importante, principalmente porque nos Estados Unidos há uma discussão ativa sobre a listagem de ETFs de criptoativos. O que ocorre aqui pode ser observado por outros reguladores ao redor do mundo”, observou.

Ao final, Kerbage abordou as vantagens que os investidores brasileiros têm ao investir em ETFs regulamentados. Ele destacou a simplicidade e a segurança que esses fundos oferecem. “Esse ETF é regulado e oferece uma infraestrutura profissional, com custódia e administração independentes, o que dá mais proteção aos investidores”, explicou.

A iniciativa de lançar o XRPH11 no Brasil representa uma evolução significativa para os criptoativos no país, proporcionando novas opções de investimento regulamentado e ampliando a oferta de produtos financeiros no mercado brasileiro.

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Cido Coelho

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