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Wesley Batista, da JBS, e o tarifaço: Produção de carne nos EUA não supre demanda e país depende de importações

Publicado 06/10/2025 • 08:20 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • O empresário Wesley Batista, um dos bilionários à frente da JBS, afirmou que os Estados Unidos não produzem carne bovina suficiente para atender à crescente demanda por dietas ricas em proteína, o que tem tornada o país mais dependente de importações.
  • “Os EUA enfrentam o maior preço de carne bovina da história e precisam importar cada vez mais, porque a produção não é suficiente para sustentar a demanda”, disse Batista.
  • Segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA, o preço médio de meio quilo de carne moída atingiu o recorde de US$ 6,32 em agosto, alta de 13% em um ano

O empresário Wesley Batista, acionista controlador e conselheiro da JBS, afirmou que os Estados Unidos não produzem carne bovina suficiente para atender à crescente demanda por dietas ricas em proteína, o que tem tornado o país mais dependente de importações.

“Os EUA enfrentam o maior preço de carne bovina da história e precisam importar cada vez mais, porque a produção não é suficiente para sustentar a demanda”, disse Batista, durante conferência do banco Rothschild em Londres no mês passado, ao Financial Times.

Segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA, o preço médio de meio quilo de carne moída atingiu o recorde de US$ 6,32 em agosto, alta de 13% em um ano. Mesmo após o presidente Donald Trump anunciar em abril a política tarifária “liberation day”, as importações de carne bovina cresceram 30% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

As compras de carne brasileira, em particular, saltaram 91% no mesmo período, antes de recuarem em agosto, quando os EUA elevaram as tarifas sobre produtos do Brasil de 10% para 50%.

A JBS, fundada há mais de 70 anos pelo pai de Wesley e Joesley Batista, é hoje líder na produção de carne bovina nos EUA, com nove unidades no país.

O mercado norte-americano responde por metade da receita global da companhia, que somou US$ 77 bilhões em 2024. Além de bovinos, a empresa é a segunda maior produtora de carne de frango e suína dos Estados Unidos e, nos últimos anos, vem diversificando sua atuação para ovos, peixes, refeições prontas e produtos à base de plantas.

Impacto das tarifas e tendência por proteínas

Apesar das tarifas impostas por Washington, Batista garantiu que o impacto sobre a JBS é limitado, já que a maior parte da carne vendida no país é produzida localmente. “Os produtos estão ficando mais caros em alguns mercados, mas a demanda continua muito forte, especialmente nos EUA”, observou.

Batista também destacou que o uso crescente de medicamentos para emagrecimento à base de GLP-1, como Ozempic e Mounjaro, pode estar contribuindo para o aumento do consumo de proteína. “Ninguém sabe exatamente o impacto dessas novas drogas, mas algo está acontecendo, porque proteína virou uma tendência”, afirmou. “No passado, o médico dizia para não comer muitos ovos ou muita proteína. Agora é o contrário.”

Os irmãos Batista, que detêm pouco menos da metade das ações da JBS, mas controlam a maior parte dos direitos de voto, concluíram em junho a migração da listagem principal da empresa de São Paulo para Nova York, após forte oposição de ambientalistas. Desde então, as ações da companhia subiram 3,5%, avaliando o grupo em US$ 15,9 bilhões.

Nos últimos anos, a JBS enfrentou críticas de organizações ambientais por suposta ligação com o desmatamento na Amazônia e envolvimento em um escândalo de corrupção no Brasil. A empresa afirma estar eliminando o desmatamento de sua cadeia produtiva.

“Estamos trabalhando com produtores para ajudá-los a produzir mais com a mesma quantidade de terra e recursos”, disse Batista. Segundo ele, pecuaristas norte-americanos conseguem produzir o mesmo volume de carne com metade do rebanho de criadores brasileiros, graças à seleção genética e à nutrição aprimorada.

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