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R$ 3 bilhões “evaporados”: disputa judicial expõe gastos milionários e acusação de Silvio Tini
Publicado 22/12/2025 • 16:46 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 22/12/2025 • 16:46 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
No início de dezembro, ele entrou com um pedido de interdição parcial do próprio filho, João José de Oliveira Araújo
Um dos nomes mais discretos e influentes do mercado acionário brasileiro, o investidor Silvio Tini, levou à Justiça uma disputa familiar que envolve muito mais do que dinheiro em caixa.
No início de dezembro, ele entrou com um pedido de interdição parcial do próprio filho, João José de Oliveira Araújo, sob a alegação de incapacidade para administrar o patrimônio herdado e ter gastado cerca de R$ 3 bilhões. O processo tramita no Judiciário paulista e ainda não tem decisão definitiva.
De acordo com a matéria publicada pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o pedido foi motivado, segundo Tini, por uma sequência de decisões financeiras consideradas temerárias, que teriam levado à dissipação acelerada da fortuna construída ao longo de décadas.
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O valor citado na ação não se refere apenas a recursos financeiros líquidos. Segundo o processo, o patrimônio de Silvio Tini é composto por participações societárias relevantes, ativos industriais, bens de alto valor e empresas operacionais.
Entre os principais pilares estão investimentos no mercado acionário, com participação em companhias conhecidas, como Alpargatas e Gerdau, além do controle familiar sobre a mineradora Buritirama, empresa que se tornou o centro do conflito judicial.
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Além disso, o patrimônio inclui imóveis de alto padrão, ativos de luxo, obras de arte e embarcações. É esse conjunto, segundo o investidor, que estaria sendo progressivamente comprometido.
Um dos pontos que mais chama atenção na ação é a descrição dos gastos atribuídos a João José. Tini afirma que o filho teria dissipado cerca de R$ 3 bilhões em gastos considerados excessivos, entre eles está a compra de uma mansão avaliada em cerca de R$ 50 milhões, que, segundo o processo, teria como finalidade exclusiva abrigar uma coleção de carros de luxo. A lista inclui marcas como:
A ação também menciona aquisições frequentes de lotes de obras de arte em leilões e a compra de um iate que pertenceu ao empresário Eike Batista.
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Para Silvio Tini, esses gastos não apenas consumiram recursos relevantes, como não estariam alinhados a qualquer estratégia racional de preservação patrimonial.
O conflito ganha contornos ainda mais graves quando chega à Buritirama, mineradora da família. De acordo com a ação, João José teria contribuído diretamente para a deterioração financeira da empresa ao distribuir mais de R$ 400 milhões em dividendos para si próprio.
Segundo o processo, a mineradora acabou entrando em falência, o que levou parte significativa do patrimônio pessoal do empresário a ficar empenhada para cobrir obrigações da companhia.
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Esse cenário é usado como um dos principais argumentos para sustentar a tese de má gestão e risco patrimonial.
Para embasar o pedido de interdição parcial, Silvio Tini anexou ao processo depoimentos de pessoas do convívio diário do filho, como segurança, motorista, fisioterapeuta e até um verdureiro, além de declarações das irmãs de João José.
A estratégia, no entanto, não convenceu o Judiciário em um primeiro momento, e o pedido foi indeferido em primeira instância, o investidor recorreu da decisão. Até agora, não há uma definição final sobre o caso.
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Enquanto a briga avança nos tribunais, João José mantém uma atuação ativa fora deles. Segundo consta no processo, ele dispõe de recursos suficientes para financiar conteúdos patrocinados, no formato de conteúdo de marca, nos quais aparece como um gestor bem-sucedido, responsável por transformar a Buritirama em um grande grupo do setor de mineração.
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Essa movimentação teria se intensificado quando surgiu a possibilidade de a disputa familiar se tornar pública, numa tentativa de preservar reputação e narrativa de mercado.
A Justiça ainda vai decidir se se trata de um caso de má gestão patrimonial ou apenas de um conflito familiar levado ao limite.
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No centro da ação, Silvio Tini sustenta que o dinheiro em disputa representa um legado construído ao longo de décadas no mercado financeiro e industrial, agora ameaçado por decisões que, segundo ele, colocam em risco não apenas recursos, mas empresas, empregos e ativos estratégicos.
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