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Correios: ajuda financeira pode ser liberada ainda este ano? Veja o que está em análise
Publicado 11/12/2025 • 10:24 | Atualizado há 6 horas
Publicado 11/12/2025 • 10:24 | Atualizado há 6 horas
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A equipe econômica também condiciona a liberação dos recursos ao plano de reestruturação da empresa. Créditos:Joédson Alves/Agência Brasil.
A equipe econômica também condiciona a liberação dos recursos ao plano de reestruturação da empresa. Créditos:Joédson Alves/Agência Brasil.
O governo federal corre contra o relógio para definir como, e com quanto, poderá ajudar financeiramente os Correios. A estatal, que acumula prejuízos desde 2022 e enfrenta dificuldades de caixa para fechar o ano, aguarda uma solução que pode envolver aporte direto da União, empréstimos bilionários ou uma combinação das duas estratégias.
A decisão precisa sair rapidamente para evitar atrasos no pagamento da folha salarial e do 13º de mais de 80 mil funcionários.
A principal aposta do governo era um empréstimo de até R$ 20 bilhões junto a um consórcio de cinco bancos. Entretanto, o Tesouro Nacional considerou as condições apresentadas, juros na casa de 136% do CDI, incompatíveis com os limites estabelecidos e rejeitou a oferta.
Junto ao empréstimo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que um aporte emergencial da União pode ser liberado ainda em 2025, mas em valor bem inferior ao que a estatal desejava. A empresa calculava necessidade de até R$ 6 bilhões para estabilizar o caixa.
Segundo a Agência Brasil, Haddad afirma que a equipe econômica estuda combinar um aporte do Tesouro com um empréstimo a ser liberado ainda este ano. A liberação, porém, depende de decisão final do governo. O Tesouro avalia reduzir o valor inicialmente cogitado e ajustar o formato do apoio.
O ministro afirmou que existe margem fiscal em 2025 para um eventual aporte, mas ressaltou que a decisão ainda não foi tomada. Além disso, também reforçou que qualquer apoio financeiro dependerá do plano de reestruturação da estatal.
“Nós sempre estamos condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados”, explicou.
Leia mais: Haddad: empresas privadas ficaram com o “filé mignon” da logística e deixaram “osso” aos Correios.
O aporte previsto deve ficar abaixo de R$ 6 bilhões e o governo considera opções como crédito extraordinário ou envio de projeto ao Congresso. A equipe econômica também condiciona a liberação dos recursos ao plano de reestruturação da empresa.
O governo também mobiliza a Caixa Econômica Federal para viabilizar o empréstimo solicitado pelos Correios, após o Tesouro rejeitar uma operação proposta por cinco bancos devido ao custo elevado dos juros. A estatal busca garantir recursos para pagar a segunda parcela do 13º salário no dia 20 de dezembro e a folha do fim do mês.
Os Correios precisam estabilizar o fluxo de caixa para evitar atraso nos compromissos e prejuízo ao funcionamento durante o pico de demanda no Natal. Sem reforço financeiro, há risco de atraso nos pagamentos e impacto direto nas operações.
Leia mais: Correios em crise: entenda o que fez o governo pedir ajuda à Caixa em operação de emergência.
A negociação do empréstimo segue em curso. O valor pode ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, com objetivo de reduzir o custo final da operação. O governo acredita que o ajuste do montante pode permitir juros mais baixos.
Haddad destaca que o empréstimo pode sair ainda este ano, mas ressalta que as conversas com os bancos continuam travando o avanço. “É uma possibilidade, mas não estamos jogando com uma possibilidade só por causa da negociação com os bancos”, disse. O ministro participou de reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir pautas prioritárias antes da votação do Orçamento de 2026.
Leia mais: Correios: Governo edita decreto para que estatais em dificuldade possam pedir aportes da União.
O governo condiciona qualquer apoio financeiro à reestruturação da estatal. A equipe econômica considera essencial que os Correios avancem no plano interno antes de receber novos aportes ou empréstimos.
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