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Demissões nos Correios: diretoria prevê milhares de cortes até 2027

Publicado 29/12/2025 • 12:44 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Os Correios anunciaram nesta segunda-feira (29), um amplo plano de reestruturação.
  • A iniciativa busca reduzir de forma permanente a estrutura de custos da empresa.
  • O plano completo demanda cerca de R$ 20 bilhões para ser executado.
Funcionária dos Correios

Foto : Samy Sousa/MCom

Demissões nos Correios: diretoria prevê milhares de cortes até 2027

Pressionados por prejuízos bilionários e pela perda acelerada de mercado, os Correios anunciaram nesta segunda-feira (29), um amplo plano de reestruturação que prevê a saída de até 15 mil empregados até 2027.

A medida, apresentada pela diretoria da estatal em entrevista coletiva na sede da empresa, em Brasília, é considerada central para reduzir custos fixos, recompor o caixa e viabilizar um novo modelo de negócios diante da deterioração financeira da companhia, segundo a reportagem publicada pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

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Corte de pessoal é eixo central do ajuste

O plano prevê a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para até 10 mil empregados em 2026 e outros 5 mil em 2027.

Segundo a direção, a iniciativa busca reduzir de forma permanente a estrutura de custos da empresa, hoje considerada excessivamente rígida.

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Aproximadamente 90% das despesas dos Correios são fixas, sendo que os gastos com pessoal respondem por 62% do total, percentual que sobe para 72% quando incluídos precatórios trabalhistas.

A administração avalia que o atual quadro funcional é incompatível com o volume de receitas e com a dinâmica do mercado de encomendas, segmento que se tornou a principal fonte de faturamento da estatal, mas no qual a empresa perdeu participação nos últimos anos.

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Reestruturação para estancar prejuízos

As demissões fazem parte de um plano mais amplo, estruturado em três frentes: recuperação imediata de caixa, reorganização interna e mudança do modelo de negócios.

Para enfrentar a falta de liquidez no curto prazo, os Correios contrataram um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco grandes bancos, com garantia da União. Os recursos serão usados como capital de giro para regularizar pagamentos e estabilizar a operação até março de 2026.

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De acordo com a diretoria, o plano completo demanda cerca de R$ 20 bilhões para ser executado. Com a nova captação, permanece uma lacuna de R$ 8 bilhões, que poderá ser coberta por novo financiamento ou por aporte do governo federal ao longo de 2026, dependendo da evolução financeira da empresa.

Mudanças na estrutura e venda de ativos

Além do PDV, a reestruturação inclui revisão da remuneração de cargos de gestão, mudanças nos planos de saúde e previdência e reorganização da sede administrativa. A expectativa é gerar uma economia anual de aproximadamente R$ 2,1 bilhões com essas medidas.

A empresa também pretende vender ativos e imóveis, tanto inativos quanto em uso, com previsão de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão em 2026.

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Outra frente envolve a otimização da malha logística, com fechamento de unidades deficitárias ou sobrepostas. Segundo a direção, a universalização dos serviços será mantida, mas a racionalização pode gerar impacto adicional de até R$ 2,1 bilhões por ano.

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O que aconteceu?

Os Correios acumulam prejuízos desde 2022 e registram déficit de R$ 6,1 bilhões até setembro deste ano, segundo a reportagem publicada pelo Times Brasil – Licenciado e excluisivo CNBC.

A necessidade de capitalização é discutida internamente há mais de um ano, mas a situação se agravou com a proximidade do pagamento da segunda parcela do 13º salário, que venceu em 20 de dezembro, além da folha regular do mês.

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Sem a entrada imediata dos recursos, existe risco real de atraso nos salários e de impacto direto no funcionamento dos Correios no período mais sensível do ano para o setor de entregas.

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