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Publicado 18/12/2024 • 16:42
KEY POINTS
Considerado um dos principais eventos da cadeia da reciclagem no Brasil, a Expocatadores 2024 reuniu diversos participantes do setor para apresentar soluções e inovações tecnológicas.
O encontro contou com a presença de André Passos, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que comentou sobre como a evolução da cadeia produtiva contribui para a chamada economia circular.
“A cada exposição, vemos uma evolução muito importante no serviço ambiental que os catadores prestam para a sociedade brasileira. A expectativa com a exposição é percebermos a evolução desse elo da cadeia produtiva, que recolhe os resíduos e os ajuda a voltar ao processo produtivo. Eles são um elo importantíssimo da chamada economia circular, que é uma das prioridades da Abiquim”, disse em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Passos afirma que o caminho da reciclagem é a solução para evitar a poluição por plásticos, por exemplo, evitando que o material vá parar em cursos d’água. O presidente da Abiquim considera que esse é o caminho central para resolver o tema da poluição.
Ainda de acordo com Passos, existem outras outras questões que apoiam o processo de reciclagem, como o redesenho de todos os utensílios feitos de plásticos de plásticos. “Quanto melhor o desenho dele, mais tempo de uso o plástico terá, e a gente vai evitar o descarte. Um outro caminho é redesenhar para que ele dure mais, e para que ele seja mais reciclável”, afirma.
Por fim, ele reforça que a indústria química está defendendo um acordo global para, entre outros fatores, não dar vantagem competitiva errada para determinadas regiões que não reciclam.
“A ideia desse acordo global é estabelecer um consenso mínimo, regulatório. Esperamos que seja um consenso de alto nível profundo, que estabeleça regras, como quais são os princípios da economia circular do plástico. Qual é o critério para julgar se um plástico deve ou não continuar sendo produzido? Qual é o critério para estabelecer quais substâncias químicas podem ou não estar no plástico?”, questiona.
A economia circular ganha importância com as metas de descarbonização, e um dos eixos para alcançar esse objetivo está na gestão de resíduos sólidos, disse Maira Pereira, diretora de relações institucionais da unidade de pós-consumo da Ambipar.
“Isso é muito importante, porque estamos conectados às metas de regeneração do nosso planeta, de descarbonização. Conseguimos de fato aliar o ambiental, o social e o econômico para entregar um novo modelo de economia. É uma oportunidade de milhares de novos negócios, milhares de novas lideranças para dentro de uma economia que trabalha no caminho da regeneração do nosso planeta”, disse em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Para Pereira, o modelo de transição de uma economia linear para uma economia circular precisa ser acelerado. “Isso traz conexão com as questões das nossas metas climáticas, descarbonização e a inclusão social – que é cereja do bolo, faz o nosso coração brilhar e faz com que a gente tenha força para para acelerar essa agenda também”, afirmou. Confira a entrevista completa:
Para Sabine Rossi, diretora de sustentabilidade para o negócio de embalagens e plástico na produtora química Dow, o Brasil tem sido protagonista em muitas das discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.
“Assistir regulamentações e regras que possam fomentar e estruturar a circularidade sem dúvida vai fazer com que esse avanço aconteça de forma muito mais consistente e acelerada”, afirmou em entrevista exclusiva ao Times Brasil.
Segundo Rossi, muitas das aplicações vendidas pela companhia precisa atender a requisitos de qualidade e segurança. “A gente vem trabalhando junto com todos os elos do ecossistema para que a gente possa trabalhar e fomentar e que o Brasil possa sair na frente. Acho que o Brasil tem tido um protagonismo nessas discussões de tratados globais e é isso que a gente espera, fazer com que esse com sistema no Brasil seja um exemplo global”.
Confira a entrevista completa:
A Indorama Ventures, produtora de fibras de poliéster do Brasil, anunciou um esforço para eliminar intermediários na cadeia de reciclagem de PET, oferecendo preços diretamente aos catadores.
Renata May, diretora comercial da empresa, destacou durante a ExpoCatadores, em São Paulo, que os catadores são os principais fornecedores da indústria e que a proposta busca garantir que o plástico PET seja direcionado à reciclagem ao invés de parar em lixões, promovendo melhores condições para os trabalhadores.
Em parceria com a start-up Green Mining, a Indorama implementou estações de coleta em regiões como São Paulo e Juiz de Fora. Essas estações permitem que os catadores recebam valores da indústria, estimulando a escolha do PET como material para reciclagem e aumentando a eficiência do processo.
“Nosso objetivo é pagar ao catador o valor que normalmente seria destinado ao intermediário, garantindo um preço justo”, afirmou Renata.
A ExpoCatadores, reconhecida como um espaço estratégico para o networking entre catadores, setor privado e público, reforça a importância da colaboração para o avanço da reciclagem no Brasil.
Para Renata, a união entre cooperativas de reciclagem e a indústria é essencial para gerar emprego e estimular a economia circular, promovendo benefícios para toda a cadeia de reciclagem.