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Publicado 22/11/2024 • 14:50
KEY POINTS
Antoine Arnault
Reprodução/CNBC
A família Arnault, proprietária do grupo de luxo LVMH e uma das mais ricas do mundo, está prestes a garantir o controle majoritário do Paris FC, um pequeno clube de futebol francês. A meta é transformar a equipe em um destaque esportivo a longo prazo.
Antoine Arnault, filho de Bernard Arnault, CEO e presidente da LVMH, afirmou à CNBC que o investimento no clube da segunda divisão francesa está mais ligado a “emoções” do que a retornos financeiros. A ideia é se inspirar no sucesso esportivo alcançado pela Red Bull com seus clubes na Alemanha (Leipzig) e na Áustria (Salzburg).
A parceria entre os Arnault e a Red Bull prevê que a holding da família, Agache, adquira inicialmente 52% do Paris FC, enquanto a gigante de bebidas energéticas ficará com 11%, conforme informações da Associated Press.
Arnault disse que, em comparação com outros clubes, sua família identificou mais “interesse e criação de valor do que os outros, não apenas no lado esportivo, mas também no lado da marca, que era o Paris FC”.
“Há uma anomalia no futebol francês e no futebol parisiense, que é provavelmente a única cidade grande na Europa com apenas um grande clube de futebol. E o Paris FC já tem infraestrutura, já tem um ótimo time, já tem uma história linda, mas só precisa, financeiramente, de um acionista um pouco mais forte para empurrá-lo para o próximo nível”, disse Arnault a Charlotte Reed, da CNBC.
Em contraste com o Paris Saint-Germain (PSG) — gigante esportivo que domina o futebol francês há décadas, atrai estrelas globais e compete em torneios internacionais —, o Paris FC é um clube pouco conhecido que não disputa a primeira divisão desde os anos 1970.
Questionado pela CNBC sobre a possibilidade de o Paris FC rivalizar com o PSG, Antoine Arnault respondeu: “Seria muito pretensioso da nossa parte até nos compararmos ao Paris Saint-Germain. O primeiro objetivo é subir para a Ligue 1, crescer e construir um clube bonito, com bons valores, que nossos torcedores amem, respeitem e queiram voltar para o próximo jogo.”
Para Arnault, a ausência de pressão por resultados imediatos será um diferencial importante: “Não ter a pressão do tempo para vencer é crucial para tomar as decisões certas e aliviar um pouco o peso sobre os ombros dos jogadores, que já enfrentam o estresse tradicional do esporte. Esse estresse é positivo, mas, às vezes, com um grande acionista, pode ser negativo.”
Ele ainda ressaltou que a família Arnault não busca resultados imediatos: “Não somos um fundo de investimentos. Não estamos exigindo que ganhem a Liga dos Campeões em três, cinco ou dez anos, apenas que deem o melhor de si e tudo em campo.”
O clube ganhará impulso adicional com a recente nomeação de Jürgen Klopp — treinador que levou o Liverpool ao título da Premier League — como chefe global de futebol da Red Bull. Klopp deverá atuar como conselheiro no projeto liderado pelos Arnault.
Adquirir clubes esportivos tem sido um movimento estratégico de famílias – e empresas – ricas, geralmente visto como um chamado “ativo de troféu” ou para oportunidades de branding, em vez de uma fonte significativa de renda – que possui enormes custos envolvidos.
Um exemplo recente de estratégia oposta é o dos atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney, que, desde 2020, investiram no modesto Wrexham AFC, da quinta divisão inglesa. Além de tentar reerguer o clube, transformaram sua jornada em um documentário globalmente bem-sucedido.
No caso da família Arnault, a comparação é mais próxima ao modelo da Red Bull, cujos investimentos levaram Leipzig e Salzburg às elites de seus países, com estádios rebatizados pela marca. No entanto, essas mudanças também geraram críticas de torcedores rivais.
Arnault disse à CNBC que se sua família quisesse um “ativo de troféu”, eles teriam procurado em outro lugar. “O que queremos é construir uma história de resiliência e trabalho duro, com valores bonitos”, disse ele.
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